O presidente Michel Temer anunciou hoje que vai convocar as Forças Federais de Segurança para liberar as estradas bloqueadas.
Medida, considerada extrema, pode tanto ser eficaz como gerar uma radicalização do movimento ao estilo 2013
Após o fracasso do acordo do governo para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias, o presidente Michel Temer anunciou hoje que vai convocar as Forças Federais de Segurança para liberar as estradas bloqueadas desde segunda-feira. A decisão foi tomada após uma reunião do Gabinete de Segurança Institucional no Palácio do Planalto com Temer e ministros do governo.
“Comunico que acionei as Forças Federais de Segurança para desbloquear as estradas e solicitei aos governadores que façam o mesmo”, disse ele. “Não vamos permitir que a população fique sem gêneros de primeira necessidade, que fiquem sem produtos, que hospitais fiquem insumos para salvar vidas nem que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento das escolas.”

Locaute
A Polícia Federal vai investigar a possibilidade de locaute – participação dos patrões – na paralisação dos caminhoneiros, que entrou nesta sexta no quinto dia, apesar do acordo firmado na noite de quinta-feira (24). Mesmo com a câmara de compensação proposta pelo governo, que manterá, por meio de subvenções bancadas pelo Tesouro, o preço do diesel estável para os distribuidores, o que se constata nesta sexta é a ampliação dos pontos de retenção das estradas e não a redução do movimento, como esperava o governo federal.
Locaute é caracterizado quando empresários de um setor contribuem, incentivam ou orientam a paralisação de seus empregados. Ou seja, é uma greve liderada pelos patrões, com o intento de obtenção de benefícios para o setor, o que é proibido por lei.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a avaliação do próprio governo é de que o Planalto subestimou a proporção que a mobilização poderia tomar, um erro do sistema de inteligência, que é comandado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A decisão foi tomada na manhã desta sexta em reunião de emergência no Palácio do Planalto.
A atuação do Exército seria como forma de apoio ao trabalho da Polícia Rodoviária Federal e das polícias militares nos estados.
A medida, considerada extrema e indesejada, já vinha sendo avaliada pela área de inteligência e segurança do governo.

Magé|Online,com – Notícias
Rede TV Mais A Notícia da sua cidade!
