Dyogo Oliveira afirmou após reunião que haverá mais recursos também para o novo ministério da Segurança.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou neste domingo que o governo vai abrir um crédito extraordinário para liberar recursos para a segurança pública do Rio de Janeiro, com destinação de parte do dinheiro para o caixa do estado e outra parte para as forças federais de intervenção. Além disso, destinará também verba para o Ministério da Segurança Pública criado há cerca de um mês. Dyogo não adiantou valores, mas afirmou que as duas ações conjuntamente superarão R$ 1 bilhão.
O ministro do Planejamento afirmou que o governo terá até o fim desta semana para fechar os valores e mandar as propostas ao Congresso Nacional. No caso dos recursos do Rio, a liberação será por meio de Medida Provisória (MP), o que agiliza a liberação do recurso já que a MP tem força de lei após editada. Para viabilizar o dinheiro destinado ao Ministério da Segurança Pública, será enviado um projeto de lei ao Legislativo.
Além de Dyogo, reuniram-se com Temer os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública), Torquato Jardim (Justiça), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Eliseu Padilha (Casa Civil), Sérgio Etchegoyen (GSI). Como as duas medidas precisam da anuência do Congresso, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara, também foi chamado ao encontro.
O ministro do Planejamento afirmou que não recebeu ainda cálculos do ministro da Segurança Pública ou das Forças Armadas, que comandam a intervenção no Rio, sobre os valores que serão necessários. Segundo ele, ao longo desta semana, os montantes deverão ser definidos, bem como as áreas que sofrerão cortes para o remanejamento dos recursos.
ORÇAMENTO DO MINISTÉRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA
O ministro Raul Jungmann afirmou que o orçamento da sua pasta deve ser decidido nessa semana. A pasta recebeu parte da estrutura do ministério da Justiça, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional, mas não tem ainda nem uma sede definida.
A previsão inicial do Planalto era de que Temer estivesse no Rio nesse domingo, para debater in loco assuntos relacionados à intervenção. Após o assassinato de Marielle, porém, o presidente desistiu da viagem e ficou em Brasília no fim de semana. A reunião desta tarde não constava da agenda oficial de Temer nem dos ministros presentes.
Fonte: Jornal O Globo