As principais reivindicações da categoria era a redução do preço do diesel e o corte de impostos sobre o serviço.
O país começou a sentir de maneira mais enérgica os efeitos da paralisação dos caminhoneiros nesta quinta-feira (24), quarto dia de mobilização. Postos com longas filas já ficaram sem combustível, supermercados começaram a racionar alimentos, vacinas não chegaram à população. O transporte público operou com frota reduzida.
Com bloqueios em 496 pontos de estradas de 25 estados e no Distrito Federal, o governo Michel Temer fechou um acordo com um grupo de entidades do setor de transporte. Na mesa de negociação, porém, já não estavam os representantes da Abcam (Associação Brasileia dos Caminhoneiros) que tomou a frente do movimento desde o seu início.
Entre as reivindicações dos caminhoneiros estão a redução de PIS-Cofins e ICMS que incidem sobre o diesel e um intervalo de reajustes no preço do combustível de três em três meses.
Pelos termos acertados, a redução no preço do diesel será mantida por 30 dias. Nos primeiros 15, o desconto será bancado pela Petrobras. A partir do 16º, a União vai pagar à Petrobras pela diferença no preço do diesel.

Caminhoneiros divididos
Apesar do anúncio do acordo com entidades de representação dos caminhoneiros, não há certeza de que a greve será encerrada. Nélio Botelho, presidente Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio de Janeiro, diz que não reconhecesse esse acordo.
“Estamos todos revoltados, quem não participou da reunião está discordando de tudo o que foi decidido com o governo. Não vamos apoiar esse absurdo. Recusamos e vamos avisar aos caminhoneiros para não desmobilizar. Esse acordo não resolve o problema de ninguém”, afirmou
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) não participou da reunião. Seu presidente, José da Fonseca Lopes, abandonou a reunião logo no início dizendo não concordar com os termos do acordo que estava sendo desenhado.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizou a ausência de Fonseca e afirmou que o acordo foi fechado com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a qual a Abcam é filiada. “A forma como ele saiu, as palavras que ele usou abandonando a reunição, mostraram que ele nunca deveria ter entrado [na reunião].”

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