Governo anuncia corte de R$ 42,1 bi e reoneração da folha

Meirelles diz esperar que o valor do corte em função da expectativa do recebimento de precatórios.

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O governo federal anunciou um corte de 42,1 bilhões de reais no Orçamento de 2017. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que espera que o valor do corte possa ser reduzido.

“A expectativa que esse número caia até próximo relatório, principalmente em função do reconhecimento dos precatórios”, afirmou.

Na semana passada, o governo anunciou a existência de um rombo de 58,168 bilhões de reais no Orçamento. Esse é o montante que falta para o cumprimento da meta de déficit fiscal, de até 139 bilhões de reais.

No entanto, o anúncio do corte foi adiado para esta semana, pois o governo esperou por algumas decisões judiciais que poderiam reduzir a necessidade de cobertura do rombo. Elas dizem respeito, principalmente à recuperação de usinas que poderão vir a ser privatizadas.

“Esperávamos decisões que ocorreram hoje e ontem, que são a devolução [das usinas] de São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande. Essas devoluções deverão gerar para a União receita adicional de 10,1 bilhões de reais. Isso é processo da maior importância”, disse Meirelles.

Além da receita adicional de 10,1 bilhões, o governo conta com o impacto do extinção parcial da desoneração da folha de pagamento. A medida, que deve vir por medida provisória, deve gerar 4,8 bilhões de reais em receitas adicionais em 2017 a partir de julho.

“Tomamos a decisão de corrigir um processo do passado que ficou conhecido como desoneração da folha de pagamentos, que na verdade era uma opção para as empresas deixarem de contribuir com base da folha de pagamentos e escolherem contribuir sobre a receita bruta. Essa medida gerava uma perda fiscal para a União e era esperado que isso gerasse um crescimento rápido para o Brasil. No entanto, isso não gerou os efeitos esperados e, em consequência disso, achamos que seria necessário eliminar essa opção”, justificou o ministro.

“Tomamos a decisão de corrigir a desoneração da folha de pagamento, que era a opção de deixar de contribuir pela folha de pagamento e fazer baseado na receita bruta. Isso gerava perda fiscal para a União. Esperava-se que a medida fosse gerar recuperação mais rápida da economia, mas não gerou os efeitos esperados e, em consequência, e julgamos que seria distorções”, afirmou o ministro.

Segundo ele, alguns setores poderão continuar se beneficiando da desoneração da folha, pois são considerados altamente geradores de emprego. São eles: transporte rodoviário coletivo de passageiros, transporte metroviário e ferroviário de passageiros, construção civil, obras de infraestrutura e comunicação (atividades de rádio e TV, prestação de serviços de informação, empresas jornalísticas).

Meirelles destacou que não haverá aumento de tributos. A expectativa do mercado era de que o corte seria menor, em torno de 30 bilhões, mas viria acompanhado de aumento de impostos.

rede tv +Fonte: Revista Veja

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