GABINETE DE CRISE DISCUTE INCÊNDIO NO LIXÃO DE TERESÓPOLIS, QUE JÁ DURA MAIS DE 48 HORAS

Foram divulgadas informações sobre o combate ao principal foco de incêndio no local e atendimento de saúde por causa da fumaça.

O incêndio no lixão de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, já dura mais de 48 horas e entrou na fase de rescaldo, segundo informações atualizadas passadas pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta quarta-feira (28)

O Gabinete de Crise, criado pela Prefeitura para discutir o problema no bairro Fisher, teve a primeira reunião nesta terça-feira (27) e outra está planejada para esta quarta, às 18h.

O encontro reuniu equipes da secretários de Meio Ambiente, Obras e Serviços Públicos, Educação, Saúde, Procuradoria Geral, Defesa Civil, Segurança Pública, Governo, Desenvolvimento Social e Assessoria de Comunicação. 

Na reunião ocorreu a atualização dos trabalhos de combate ao incêndio, como a finalização da construção do acesso ao foco principal na manhã de terça-feira (27), permitindo maior agilidade nos trabalhos. Houve o despejo de mais de 500 caminhões de terra na construção do acesso ao foco do incêndio e seu abafamento.

A área atingida e o entorno está sendo resfriada pelo Corpo de Bombeiros para evitar a propagação do fogo.

“Seguimos na operação de rescaldo, revirando o material com maquinário da Prefeitura para resfriamento e combate a possíveis focos. Também estamos contando com apoio da Cedae através dos caminhões-pipa”, disse um dos bombeiros.

As equipes atuam no local com dois tratores, duas escavadeiras, uma retroescavadeira, quatro caminhões e um caminhão-pipa da Prefeitura. A Cedae disponibilizou outros quatro caminhões de 10 mil litros cada e instalou um hidrante na entrada do aterro para abastecimento rápido dos caminhões-pipa. Já o Corpo de Bombeiros conta com três caminhões: com capacidade de 30 mil litros de água, 5 mil litros e outro de 4 mil litros.

A Secretaria do Meio Ambiente disse que suspendeu todas as licenças particulares de aterramento para destinação de material para o local.

O Gabinete de Crise também explicou que as equipes das secretarias de meio ambiente, do corpo de bombeiros e de obras e serviços públicos permaneceriam no aterro durante toda a noite monitorando a situação.

Aulas na rede municipal
 
Na terça-feira (27), pela manhã, 14 escolas e seis creches tiveram suas aulas suspensas. No turno da tarde, esse número diminuiu para dez escolas e quatro creches.

“A previsão para esta quarta-feira (28) é que apenas a escola Heleno de Barros Nunes, no Fischer, não funcione”, disse a Prefeitura.

Sobre a coleta de lixo na cidade, a Prefeitura explica que o serviço continua regular em todo o município.
 
Saúde
 
A Secretaria de Saúde informou que realizou oito visitas domiciliares, por meio do SAD (Serviço de Atendimento Domiciliar).

“Todos os casos foram leves, com sintomas de tosse seca e ressecamento de garganta”, disse.

Já na UPA, foram realizados 12 atendimentos relacionados a fumaça do incêndio no lixão. No SPA Eitel Abdallah, no bairro São Pedro, foram realizados 21 atendimentos adultos e dez pediátricos. Nos dois locais, todos os casos foram leves e os pacientes prontamente atendidos e liberados, segundo a Prefeitura.

Também houve atendimento na Quinta Lebrão, comunidade próxima ao lixão. As equipes de saúde atenderam oito pessoas com sintomas leves em visitas a residências.

“Outras equipes da saúde percorreram as proximidades, na Fonte Santa e no Fischer, atendendo ao todo 34 famílias, onde foram relatados casos leves de tosse seca e irritação na garganta. Informamos também que a nossa Unidade Móvel de Saúde estará no bairro Fischer até a próxima sexta-feira, oferecendo atendimento médico”, divulgou a Prefeitura.

As causas do incêndio seguem sendo investigadas sob comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Solução definitiva: o que diz a Prefeitura


“Enquanto a Prefeitura e o Estado trabalham para minimizar os impactos deste incidente, não podemos deixar de destacar que desde 2019, o município vem trabalhando para resolver de forma definitiva o problema histórico do Aterro do Fisher, quando foi firmado um Acordo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura e o Governo do Estado e a empresa BNPetro. O referido acordo foi suspenso pela empresa em função da pandemia.

Ciente da urgência do tema, a Prefeitura vem buscando desde então, alternativas para o transbordo do lixo, o que viabilizará o fechamento total do Aterro e a implementação da solução definitiva.

Em novembro de 2022, uma PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) foi publicada com objetivo de buscar projetos para a implantação de uma usina de processamento de lixo e geração de energia, garantindo assim a destinação final. O procedimento foi concluído e segue para a realização de audiências e consultas públicas, sendo finalizado pelo procedimento licitatório, que será realizado ainda em 2023″.

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