Fausto Pinato (PRB-SP) será o relator de processo que pede cassação de Cunha

Pesou a favor do adiamento também o fato de Pìnato, embora tenha se declarado independente e apto para a relatoria, compor a bancada evangélica da Casa, uma das que mais dão sustentabilidade a Eduardo Cunha no cargo.

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O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), anunciará nesta quinta-feira (5) o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) como o relator do processo de cassação contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi confirmada por interlocutores.

Entre os três sorteados pelo Conselho de Ética, Pinato é avaliado por congressistas como o relator que não está nem tão próximo de Eduardo Cunha nem tão disposto a pedir a cassação imediata do presidente da Câmara. Os demais candidatos à relatoria eram os deputados Vinicius Gurgel (PR-AP), que fez campanha para que Cunha se elegesse presidente da Casa e aparece em diversas fotos na comemoração em plenário após divulgação do resultado do pleito, e Zé Geraldo (PT-PA), mais crítico ao peemedebista, mas que temia que um confronto direto com Cunha fosse interpretado como mais uma queda de braços entre o governo e o Parlamento.

Mas a falta de unanimidade de Pinato fez com que o presidente do Conselho de Ética adiasse a divulgação do nome desta quarta-feira (4) para hoje. José Carlos Araújo conversou com parlamentares para saber mais a respeito do escolhido e com Celso Russomanno (PRB-SP), “responsável” por este primeiro mandato de Pinato, já que seus mais de 1,5 milhão de votos “puxaram” outros deputados do PRB com votação inexpressiva para a Câmara Federal. É o caso de Pinato, que obteve na eleição de 2014 apenas 22 mil votos com uma campanha ao custo de R$ 143 mil, na qual estão entre os maiores doadores a Bradesco Saúde e a construtora Queiroz Galvão doaram, respectivamente, E$ 12 mil e R$ 5,5 mil.

Pesou a favor do adiamento também o fato de Pìnato, embora tenha se declarado independente e apto para a relatoria, compor a bancada evangélica da Casa, uma das que mais dão sustentabilidade a Eduardo Cunha no cargo, mesmo após as sucessivas denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticadas pelo peemedebista e apontadas tanto pela justiça brasileira quanto nos documentos que a justiça da Suíça enviou recentemente ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

Na representação assinada por mais de 50 parlamentares, Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter negado na CPI da Petrobras que tivesse contas secretas na Suíça. Posteriormente, o Ministério Público Federal apresentou denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as contas do peemedebista no exterior.

MGT
Fonte: JB

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