Congresso estuda mudar sistema para escolha de deputados federais, deputados estaduais e vereadores.
A comissão da Câmara que analisa a reforma política aprovou nesta quinta-feira (10) uma emenda que estabelece o chamado “distritão” para a escolha de deputados federais, deputados estaduais e vereadores. A comissão ainda não terminou de analisar essa proposta, que passará também pelo plenário da Câmara (votação em dois turnos) e pelo Senado. Mas vale entender o que está em discussão e o que mudaria em relação ao sistema atual.
Um tiro no “efeito Tiririca”
‘Distritão’
Como funciona o sistema
- Cada estado ou prefeitura vira um distrito eleitoral.
- São eleitos os candidatos mais votados.
- Não são levados em conta os votos para o partido ou a coligação.
O que muda na prática
- Torna-se uma eleição majoritária, como já acontece na escolha de presidente da República, governador, prefeito e senador.
Quais são os possíveis efeitos
- O modelo acaba com os “puxadores de votos”, candidatos bem votados que garantem vagas para outros integrantes da coligação.
- Campanhas individuais podem ficar mais caras.
- Pode acontecer de apenas os candidatos mais conhecidosconseguirem se eleger.
- Pode ser mais difícil o surgimento de novos nomes na política.
Proporcional com lista aberta – sistema atual
Como funciona o sistema
- O eleitor vota no partido ou no candidato.
- Os partidos podem se juntar em coligações.
- É calculado o quociente eleitoral, que leva em conta os votos válidos no candidato e no partido.
- Pelo cálculo do quociente, é definido o número de vagas que cada coligação e cada partido terá a direito.
- São eleitos os mais votados das coligações.
Efeitos de tipo de votação
- Existem os “puxadores de votos”, candidatos bem votados que garantem vagas para outros integrantes da coligação.
- Exemplo de “puxador de voto”: em 2010, o humorista Tiririca (PR-SP)recebeu 1.353.820 de votos, o que beneficiou candidatos de sua coligação. O último eleito da coligação, Vanderlei Siraque (PT), e o penúltimo, Delegado Protógenes (PC do B), obtiveram cerca de 90 mil votos cada um. Ficaram de fora candidatos de outras coligações que tiveram muito mais votos.
- O foco de muitas campanhas fica nas propostas dos partidos, e não de candidatos individuais. Isso significa menos gastos.
Fonte: Portal G1