Para 75% dos ouvidos, é legítimo o interesse internacional pela Amazônia.
O Instituto Datafolha ouviu 2.878 pessoas maiores de 16 anos em 175 cidades brasileiras, nos dias 29 e 30 de agosto. Os resultados da pesquisa são nada positivos para o Governo Bolsonaro. Para 75% dos ouvidos, é legítimo o interesse internacional pela Amazônia, e 51% deles acharam ruim ou péssima a reação do governo às queimadas na floresta.
Sessenta e um por cento das pessoas pesquisadas acham que outros países usam crise ambiental para explorar a Amazônia.
O número de pessoas que defendem que o Brasil receba verbas estrangeiras para aplicar na Amazônia corresponde a 66%.
O desempenho do presidente Jair Bolsonaro no combate ao desmatamento e queimadas é ruim ou péssimo para 51%, regular para 21%, ótimo ou bom para 25%. Um por cento não soube responder.
Quarenta por cento acham que a Amazônia é de responsabilidade do Brasil, 35% concordam que o Brasil é soberano nessa causa, mas deveria ouvir outros países. Por sua vez, 22% acham que uma gestão internacional da Amazônia seria “uma boa ideia”.
Macron é visto como mais preparado para lidar com o problema da floresta que Bolsonaro ( 41% a 36%), mais preocupado com a Amazônia (44% a 30%) e mais equilibrado no encaminhamento de soluções para a região do que o brasileiro (44% a 32%).
Vinte e cinco por cento aprovam o combate ao desmatamento e a incêndios, 21% acham a gestão Bolsonaro regular e 51% reprovam. Três por cento não souberam ou não quiseram avaliar. Sobre este assunto – gestão ambiental -, 60% de jovens entre 16 a 25 anos acham ruim ou péssima a atuação do Governo Bolsonaro. Cinquenta e seis por cento de quem tem nível superior reprovam a performance do presidente na causa, assim como 55% dos que têm renda maior que 10 salários mínimos.
Para 64% dos entrevistados, o episódio da revisão dos acordos comerciais (como o Mercosul e União Europeia) pode diminuir investimento estrangeiro do Brasil, 32% não acreditam nisso.
Sessenta e nove por cento acham que a agressividade do presidente Bolsonaro na crise e a disputa com Macron podem fazer o Brasil perder investimentos estrangeiros, mas 27% são de opinião contrária.
Setenta e um por cento acreditam no Inpe e acham que o desmatamento está aumentando na Amazônia, 21% acham que não aumentou, e 5% acham que o desmatamento diminuiu.
O Datafolha repetiu algumas perguntas feitas também em maio de 2009, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vinte por cento achavam a política ambiental do petista ótima ou boa, enquanto o número de Bolsonaro é 21%, 70% consideravam regular a de Lula, enquanto do número de Bolsonaro é 28%, e 41% rejeitam a política ambiental atual como ruim ou péssima, enquanto a de Lula era vista assim por 2%.
Fonte: JB
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