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Crise, falência de UPPs, banalização de fuzis, violência e políticos presos.

O registro de um estado de calamidade financeira, expansão da milícia e corrida armamentista do tráfico.

A asfixia de um estado nocauteado promovido pelos que deveriam zelar pela manutenção e regularidade da ordem, são os protagonistas da derrocada da cidade, que um dia foi cantada em versos e prosa, de tão Maravilhosa que foi um dia.

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Problemas que foram amplificados pela crise financeira e política, seguidas das prisões do ex-governador Sérgio Cabral e do presidente do MDB no RJ e então presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado estadual Jorge Piccianie o atual governador Pezão, envolvidos em um gigantesco esquema de corrupção, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato.

A criminalidade cresce de forma constante desde 2016 no estado do RJ. O ano da Olimpíada do Rio marca também a derrocada da política de segurança pública baseada na retomada do controle territorial pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Em outubro, o responsável pela implantação desse projeto, José Mariano Beltrame, pede exoneração do cargo de secretário de Segurança depois de afirmar várias vezes que os esforços não eram suficientes para combater o crime no estado.

Os sinais, no entanto, já estavam presentes. O número de mortes violentas e roubos de rua no estado do RJ já tinha aumentando dois anos seguidos após 2012, e o roubo de carga se tornava uma das modalidades preferidas dos traficantes para conseguir recursos.

O número de mortes violentas no estado chega a 6.731, um aumento de 44% em apenas cinco anos, desfazendo a redução temporária provocadas pelo aumento  do efetivo policial e as UPPs.

No caso dos roubos de rua – que são mais frequentes e distribuídos, criando a sensação de insegurança – o crescimento foi ainda maior.

O crimes triplicaram no período, de 58,7 mil para 125,6 mil ocorrências por ano.

Outro fenômeno recente foi o aumento expressivo dos roubos de carga. O número de registros aumentou 289% nos últimos cinco anos, de 3.656 para 10.599.

O Rio vive em estado de calamidade pública. A recessão econômica do país, aliada à queda das receitas com royalties de petróleo, à má gestão e à corrupção no plano estadual provocaram uma crise financeira sem precedentes no governo fluminense.

Endividado e sem caixa, o Rio ficou sem condições de honrar os compromissos mais básicos, como pagar salários e fornecedores.

O cidadão fluminense convive com trocas de tiros no interior do estado. Em locais onde não se tinha notícia da presença do tráfico, atualmente, moradores vivem sob o medo.

Hoje, no Rio, acabou aquela história de férias na casa da avó, aquele lugar bucólico onde você ia descansar. Regiões tranquilas, há alguns anos, como Angra dos Reis vivem disputas entre traficantes, tirando a paz da região. Isso sem falar em bairros da capital.

Segundo integrantes do Ministério Público, os grupos de criminosos já mudaram a forma de domínio sobre comunidades e têm feito parcerias com o tráfico para se manterem no poder.

Em 2008, por meio de informações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança, a comissão identificou 171 comunidades dominadas por milicianos.

Hoje, membros do MP que lidam com processos relativos à atuação do crime organizado acreditam que muitas outras áreas do Rio de Janeiro estão sob domínio dos criminosos.

Só retou aos cariocas e fluminenses a esperança depositada nas urnas eleitorais com a ascensão de governantes austeros, com discursos anti corrupção e combate firme a criminosos de toda espécie. Bolsonaro e Wilson Witzel, vencedores dos pleitos, sustentaram ao longo da campanha uma política rígida de combate em prol da manutenção da ordem, desejo de brasileiros e cariocas.

Que o ano da graça senhor de 2019, seja pleno de segurança, mais serviços de saúde, menos fuzil e mortes por violência, principalmente as promovidas pela criminalidade que assola o país.


Antonio Alexandre – Magé|Online.com 

 

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