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Ex-ministro da Saúde conseguiu habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio nas perguntas que possam incriminá-lo.
Senadores Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, afirmou a colegas nesta terça-feira (18) que pedirá ao Exército que impeça Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, de usar farda em depoimento.
Aziz declarou que o pedido seria feito diretamente ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede), questionou o gesto de Pazuello, que sequer usava a farda enquanto ministro.
Como é general da ativa, a convocação de Pazuello foi feita por intermédio da Secretaria-Geral do Exército, onde está lotado atualmente. Portanto, a ida dele à CPI é considerada um ato oficial. Apesar disso, segundo interlocutores, o general foi orientado à comparecer ao Senado usando trajes civis e não militar.
Segundo interlocutores do general, Pazuello também estudou o estilo de cada senador para evitar ser surpreendido. O militar também teve conversas com o presidente Jair Bolsonaro, pessoalmente no Palácio da Alvorada e por telefone, além de ter sido orientado pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni.
Nesta quarta-feira, Pazuello quer fazer um depoimento respaldado por toda a documentação que conseguiu reunir nos últimos dias. Ele estará acompanhado do advogado da União, Diogo Palau, e de dois assessores designados pelo Exército para auxílio a checar datas e documentos a cada tema que for questionado por parlamentares.
Entre militares, existe o receio de que o depoimento de Pazuello associe as ações do governo com o Exército. Um senador governista contou ao O Globo ter sido procurado por um representante do Exército para que os parlamentares diferenciassem a gestão Pazuello da instituição militar. O objetivo é tentar evitar que a atuação do general na Saúde gere desgaste à Força.
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