Corrupção no Detran em Magé tinha ligação com autoridades do RJ

MP quer apurar se relatório policial suprimiu ou omitiu a participação do conselheiro do Tribunal de Contas propositalmente.

Denran 1

Investigações do Ministério Público do Rio (MP-RJ) teve acesso a conversas telefônicas que mostram que o presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) sabia da corrupção no Detran de Magé. O diálogo, com André Vinícius Gomes da Silva, um dos três presos em uma operação no 31 de agosto, revelam que diálogo não constou no inquérito da Polícia Civil.

Para os promotores, o relatório policial suprimiu ou omitiu a participação do conselheiro do Tribunal de Contas propositalmente. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, obteve na Justiça que a Corregedoria da Polícia Civil atue no caso.

detran 9

André Vinícius é ex-secretário de Habitação e Urbanismo do município e tem, segundo o MP, um “relacionamento afetivo íntimo” com Aloysio Neves, chegou a ser preso e responde em liberdade a outras acusações de receber propina, em esquema chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Segundo o MP, André Vinícius se valia do relacionamento com Aloysio para obter favorecimentos na análise das contas e dos contratos do município de Magé durante a gestão de Nestor Vidal.

Aloysio e MonneratPezão
Secretário de Governo citado.

Nas conversas gravadas pela Polícia Civil, com autorização da Justiça, os dois citam Monnerat, que seria atual secretário de Estado de Governo Affonso Henriques Monnerat. Aloysio afirma que não vai deixar de atender André, mas que ficará devendo um favor a Monnerat por “dois carguinhos de m…”

Para os promotores, André Vinícius também muito próximo de Nestor de Moraes Vidal Neto, então prefeito de Magé, foi secretário municipal de Esporte e Lazer.

O caso demorou dois anos para tramitar no MP. Agora, a Justiça de primeira instancia de Magé autorizou o compartilhamento das conversas telefônicas que citam Aloysio Neves com a Procuradoria Geral da Republica, em Brasília. E todo o material sobre o conselheiro deve ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Paulo AndreNestor

Foram presos Paulo César Batista Vaz, considerado o braço-direito do prefeito Nestor Vidal e Alexandre Bento Pinto. Na operação também foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão.

Propina de R$ 100 a R$ 2 mil

A investigação começou a partir de uma denúncia da Corregedoria do Detran. Segundo os agentes, havia um esquema para liberar vistoria de carros irregulares, aferição de gases em veículos irregulares e também fraude na emissão de documentos e de blindagem.

O Ministério Público denunciou 24 pessoas e o juiz Felipe Carvalho Gonçalves da Silva, da Vara Criminal de Magé, concedeu a prisão preventiva dos três presos após concluída as investigações preliminares.

Os três acusado pediam e recebiam propina para legalizar os carros. Para isso, nomeavam funcionários terceirizados. Os motoristas pagavam de R$ 100 a R$ 2 mil por vistoria.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informação e corrupção passiva.

Segundo Ministério Público do Rio (MP-RJ), diálogos não constaram no inquérito da Polícia Civil.

Dr. Robson

O então delegado Dr. Robson Costa, titular da 65ª DP de Magé, naquela ocasião, responsável pelo caso, afirmou que enviou todo material para os setores competentes, inclusive as gravações envolvendo Aloysio Neves.

Dr. Robson Costa, declara que não faz sentido a suspeita de omissão de dados na investigação, já que todos os diálogos interceptados, ficam armazenados no sistema que pode ser auditado sempre que necessário.

Vale ressaltar que o delegado Dr. Robson Costa Ferreira, agiu dentro de todos os parâmetros legais durante as investigações. Quanto a desconfiança de omissão ou supressão e demora na prisão dos acusados de crime de corrupção no Detran de Magé, deveria, isto sim, se verificar como anda o processo de celeridade do TJ-RJ, responsável pelo trâmite processual.

O delegado em tela, sempre atuou de maneira correta e transparente ao longo de sua atuação como representante da lei e tem em seu curriculum, registros de competência e seriedade na condução de apuração de crimes sob sua responsabilidade. Durante sua titularidade frente a unidade de Polícia Civil no município de Magé, contou com a admiração e respeito da população durante sua gestão.

Rede
Antonio Alexandre, Magé/Online.com 

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