Coordenador da força-tarefa da Lava Jato na PGR pede demissão

Notícia vem à tona no mesmo dia que Dodge se reúne com força-tarefa da Lava Jato para discutir vazamentos de mensagens.

O procurador José Alfredo de Paula Silva, coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu demissão do cargo.

 Silva pediu exoneração alegando “motivos pessoais”.

No entanto, ele estava insatisfeito com o ritmo lento das investigações da Operação, emperradas devido ao excesso de centralização do gabinete de Raquel Dodge, e com a tentativa dela de se reconduzir fora da lista tríplice.

Sua saída amplia o desgaste interno de Dodge, uma vez que Silva ocupava um dos cargos mais importantes da sua gestão. O procurador era responsável pelas articulações das investigações com políticos com foro privilegiado na Lava Jato e fazia a ponte da PGR com as forças-tarefas da operação nos estados.

Delação premiada, oferecimentos de denúncias, pedidos de operações policiais e de quebras de sigilo estavam no escopo de suas funções dentro da PGR.

Reunião

Nesta terça-feira (16), Dodge receberá integrantes da força-tarefa da Lava Jato, sediada em Curitiba, para avaliar os recentes vazamentos de mensagens entre procuradores da operação com o então juiz Sergio Moro, divulgadas pelo site The Intercept.

As reportagens põem em xeque a conduta dos envolvidos, ao revelar supostos diálogos travados entre Deltan Dallagnol e outros integrantes do MPF e do próprio ex-juiz federal.

Os citados afirmam não reconhecerem a autenticidade das mensagens, negam irregularidades e se dizem vítimas de crime de hackers que tentam manchar os feitos e anular processos ligados à operação.

Neste mês, a PGR já se manifestou contra pedidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aponta suspeição do então juiz Sergio Moro na condução de ações penais contra si.

A PGR já afirmou que houve atuação criminosa contra integrantes do Ministério Público Federal, no ofício enviado em junho à Polícia Federal pedindo uma investigação sobre os motivos e eventuais contratantes do “ataque cibernético sistemático”.

Alguns procuradores, no entanto, entendem que falta fazer uma defesa pública mais enfática dos integrantes da Força-Tarefa. A expectativa de procuradores é que, depois da reunião, a PGR possa apresentar uma posição da instituição.

A informação na Procuradoria-Geral da República é que a reunião já estava sendo articulada há semanas e não se deve a nenhum conteúdo específico divulgado na imprensa recentemente.

Fonte: Exame

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