Os advogados de David Dao apresentaram um pedido emergencial de preservação de evidências a um tribunal de Illinois.
A United Airlines anunciou nesta quinta-feira que irá reembolsar todos os passageiros que estavam a bordo do voo 3411, do qual o médico David Dao foi arrastado à força no último domingo. A companhia aérea informou também que não irá mais utilizar a polícia dos aeroportos para retirar passageiros de aviões lotados.
As pessoas a bordo do voo que ia de Chicago para Louisville, no Estado americano de Kentucky, poderão escolher ser reembolsadas em forma de dinheiro, créditos de viagem ou milhas.
O anúncio da United acontece um dia depois dos advogados de David Dao apresentaram a um tribunal de Illinois um pedido emergencial para que a companhia preserve gravações em vídeo e outras evidências relacionadas ao incidente.
Citando o risco de “prejuízos sérios” ao cliente, os advogados querem que a United e a cidade de Chicago, que administra o Aeroporto Internacional O’Hare, preservem vídeos das câmeras de segurança, gravações de voz da cabine, listas de passageiros e tripulação, e outros materiais relacionados ao voo 3411.
O CEO da United, Oscar Munoz, emitiu na quarta-feira um pedido de desculpas a Dao. No entanto, na terça-feira, um e-mail interno de sua autoria vazou entre a imprensa americana e revelou seu apoio aos métodos dos funcionários da empresa. No comunicado, Munoz dizia que o cliente foi “indisciplinado e combativo” e que seus funcionários “seguiram procedimentos estabelecidos para situações deste tipo”.
O incidente na noite de domingo causou revolta no mundo. As imagens gravadas por passageiros mostram Dao sendo arrastado pelo corredor do avião por policiais do aeroporto após se recusar a ceder seu lugar no voo lotado a funcionários da United Airlines.