Município alega ‘desequilíbrio financeiro’ e não tem previsão para os pagamentos de junho e julho.
Cerca de 700 aposentados de Cachoeiras de Macacu (RJ) estão com os pagamentos dos salários atrasados. O motivo, segundo a Prefeitura, é o “sumiço” de aproximadamente R$ 24 milhões dos cofres do Instituto de Aposentados e Pensionistas do município, identificado em março do ano passado.
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Os profissionais da Educação também enfrentam dificuldades. Eles afirmam que receberam o pagamento de junho, mas que o salário não sai em dia.
O município disse que fez um levantamento de todas as contas que envolveram o Instituto de Aposentados e Pensionistas em 11 meses. O relatório foi enviado à Câmara de Vereadores, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público para ser investigado.
Segundo a Prefeitura, até fevereiro deste ano, o pagamento dos salários dos inativos do município estava em dia. Desde então, a situação financeira foi se desequilibrando e o impacto chegou aos profissionais da Educação.
“O problema maior é que a gente não tem um calendário de pagamento e fica naquela expectativa se vai ter pagamento, se não vai ter, se vamos receber dia 10, dia 15, dia 20. Quando a gente vai receber?”, questionou João Ferreira, coordenador geral do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) do município.

O atraso no pagamento tem afetado diretamente a vida dos aposentados. Alguns relatam que já não têm dinheiro para comprar remédios e as contas em atraso estão se acumulando.
“Eu gasto uns R$ 500 ou mais por mês com remédio. E ainda assim implorando aos outros, pedindo aos outros migalha, uma coisa que eu tenho direito, porque eu lutei minha vida inteira pela escola”, contou a aposentada Autilene Rodrigues sobre os problemas que enfrenta para comprar medicamentos.
A Prefeitura afirma ainda que grande parte da dificuldade para o pagamento dos inativos se deve ao dinheiro que sumiu do instituto.
Enquanto o município não paga, quem depende do dinheiro fica esperando uma solução.
“Ninguém tem previsão. Nós vamos no instituto, o presidente não tem resposta para nos dar”, conta a aposentada Maria Moura.
Fonte: Portal G1
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