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Chacina em Belford Roxo tem indícios de disputa de poder entre tráfico e milícia

DHBF investiga ligação com uma disputa entre traficantes e milicianos da região.

Quatro jovens foram baleados no final da noite desta quinta-feira (4), no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Testemunhas contaram que o grupo estava na calçada, em frente à casa de uma das vítimas, quando suspeitos passaram atirando de dentro de um carro. Dois adolescentes, de 13 e 14 anos, morrem no local. Outros dois rapazes foram socorridos no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna.

A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) é de que os ataques a tiros ocorridos na noite de quinta-feira, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tenham ligação com uma disputa entre traficantes e milicianos da região. O episódio aconteceu na localidade Vale do Ipê e deixou quatro mortos e um ferido. A especializada está traçando o perfil das vítimas e apura se uma delas era o alvo dos criminosos ou se o ataque foi apenas para demonstrar poder.

As vítimas podem não ter nenhuma ligação com os dois grupos (tráfico e milícia). Mas, por causa da disputa, o crime pode ter sido cometido apenas com o intuito de servir como exemplo para os moradores – explica o delegado André Barbosa, da DHBF.

Ainda de acordo com informações da polícia, traficantes da maior facção criminosa do Rio, que dominam a localidade do Roseiral, vivem em constante disputa por território com milicianos que tentam se estabelecer no Vale do Ipê, localidade vizinha.

Iago Gomes de Paula, de 25 anos, foi atingido na Estrada Ayrton Sena quando chegava em casa. De acordo com parentes, ele estava sozinho. Em seguida, os bandidos atiraram contra o grupo que estava na esquina das ruas Ilíada e Benedito DiogoEzequiel da Silva Cavalcanti, de 14 anos, e Diogo Caeira Vasconcelos, de 13, morreram no local. André Phelipe Ferreira de Almeida, de 21, chegou a ser levado para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas não resistiu. Já Matheus Macedo, também socorrido para a mesma unidade, continua internado em estado grave.

O irmão de uma das vítimas disse que a família está inconformada com o crime. Ele nega que o rapaz tivesse envolvimento co m o crime.

Meu irmão era trabalhador e foi morto de uma forma brutal. Estamos até agora sem entender o que aconteceu. Mas nada que eu disser vai trazê-lo de volta. Só quero Justiça – disse o rapaz, que pediu para não ser identificado.

Os corpos só foram retirados do local 12 horas após o crime. Parentes afirmam que tanto a Polícia Civil quanto a Militar alegou que o local é área de risco. Os feridos foram socorridos pelos próprios familiares. A DHBF afirmou que só foi acionada pela manhã. Já a PM não respondeu aos questionamentos feitos.


Magé|Online.com 

 

 

 

 

 

 

 

A Baixada é a região que registrou o maior índice de mortes violentas do Estado no ano passado. Entre janeiro e novembro, segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), 2.093 pessoas perderam a vida em decorrência de homicídio, latrocínio ou lesão corporal seguida de morte.

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