Segundo a empresa, são cerca de 30 vagas imediatas e formação de cadastro.
Na manhã desta segunda-feira, milhares de pessoas formam uma fila em busca de emprego no bairro Quintino, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Cerca de 2 mil candidatos estão no local, de acordo com o Grupo Proseg, que oferece as oportunidades para diversos cargos, como vigilante, porteiro, vigia, recepcionista, auxiliar de serviços gerais, garçom, copeira e mensageiro.
Segundo a empresa, são cerca de 30 vagas imediatas e formação de cadastro.
— A gente não esperava tanta procura. Normalmente, já é grande, mas dessa vez surpreendeu. Estamos montando uma força-tarefa para atender todo mundo — explica Vanber Franklin, gerente do Grupo Proseg.
Os salários variam de R$ 984 (aux. de serv, gerais/ mensageiro) a R$ 1.064 (segurança), sendo que este último pode ainda ser acrescido de adicional noturno e de periculosidade.
Moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Cléia Pereira da Silva, de 43 anos, chegou à empresa com quatro horas de antecedência, às 4h da manhã, mas encontrou mais de 200 pessoas já esperando pelo cadastro:
— Eu tenho enfrentado filas por vagas de emprego, mas essa bateu recorde. Estou desempregada há um mês e está difícil conseguir uma oportunidade. Ainda não consegui nem meu seguro-desemprego — lamentou.
Viviane Cristina, de 29 anos, saiu de Guaratiba, na Zona Oeste, para concorrer a uma chance de realocação no mercado de trabalho:
— Eu era banhista de animais em um pet shop, fui demitida e estou há dois anos parada. Faço só biscate, como manicure, mas preciso de um emprego fixo para sustentar meus três filhos. Vou às entrevistas, as pessoas dizem que vão retornar por telefone, mas isso não acontece. Dificilmente dão chance para quem não tem experiência comprovada pela carteira de trabalho — reclama.
O ambulante Antônio Dias, de 72 anos contou que quando chegou para montar sua banca, em frente ao local onde estava sendo feita a seleção do pessoal, já encontrou uma fila com cerca de 500 pessoas. O movimento alavancou a venda de balas, doces e biscoitos, superando a média de R$ 130, que tira por dia.
Cláudia Gonçalves, que disputa uma vaga de vigilante, chegou ao local às 8h. Ela soube da seleção por um amigo que é vigilante. Segundo a candidata, os organizadores separaram as pessoas que aguardavam atendimento conforme a vaga desejada e entregava a ficha para preencher na fila, o que agilizou o atendimento. Depois de entregar a ficha preenchida, disse ter sido informada para aguardar a convocação em casa. Seu último emprego com carteira assinada foi na Páscoa de 2015, como promotora de vendas em um supermercado. De lá para cá só fez bicos.
— Estou esperançosa de ser chamada. Os jogos olímpicos vêm aí e podem abrir muitas oportunidades — disse a jovem que fez curso de vigilância, mas admite não ter experiência na função.