CASO ANIC: SUSPEITO INDICA ONDE CORPO FOI ESCONDIDO E DEVE APONTAR MANDANTE NOS PRÓXIMOS DIAS

Segundo a defesa de Lourival Correia, o homicídio ocorreu no início da tarde do dia 29 de fevereiro, no mesmo dia do desaparecimento da advogada.

A defesa de Lourival Correia Netto Fática, réu no caso da morte de Anic Herdy, afirmou nesta sexta-feira (20) que o corpo da vítima não foi destruído, contradizendo especulações anteriores sobre o desaparecimento de Anic. De acordo com a advogada Flávia Fróes, que representa Lourival, o local do homicídio já foi indicado às autoridades, e o suspeito deverá apontar o mandante do crime em uma audiência agendada para a próxima quarta-feira (25).

Fróes explicou que a perícia ainda não foi realizada, mas que Lourival está cooperando com as autoridades para que elas possam localizar o corpo de Anic. “Já indicamos o local da morte e Lourival será ouvido para que ele leve a perícia e a justiça até onde o corpo da Anic está”, disse a advogada. Segundo ela, o local do crime possui câmeras que podem confirmar a entrada do carro em que estavam Lourival e Anic, reforçando as novas informações fornecidas de forma espontânea pelo réu.

O homicídio teria ocorrido na tarde do dia 29 de fevereiro, mesmo dia do desaparecimento de Anic Herdy, que foi vista pela última vez entrando em um Jeep Compass preto na saída de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A defesa de Lourival esclareceu que o crime foi cometido nessa data, e que o réu fornecerá detalhes para que o corpo seja encontrado, permitindo à família e amigos realizarem o funeral de Anic com dignidade.

Relembre o caso

Anic Herdy desapareceu em 29 de fevereiro, mas o sumiço só foi registrado no dia 14 de março. Isso porque Lourival Correia Netto Fática, que se apresentava à família como policial federal e era responsável pela segurança do casal Anic e Benjamin Cordeiro Herdy, aconselhou o marido da vítima a não acionar as autoridades. Durante esse período, Lourival teve acesso irrestrito aos cartões de crédito e senhas da família, enquanto os supostos sequestradores enviavam mensagens de texto exigindo um resgate no valor de R$ 4,6 milhões, que foi pago em dinheiro e em bitcoins.

As investigações revelaram que Lourival, seus filhos e a amante foram os verdadeiros beneficiários do dinheiro do resgate, utilizado para comprar um carro de luxo avaliado em R$ 500 mil, uma motocicleta no valor de R$ 30 mil e 950 celulares, ao custo de US$ 153,9 mil. Após uma extensa investigação, a 105ª Delegacia de Polícia (Petrópolis) denunciou Lourival, Rebecca e os filhos por envolvimento no crime. Para a polícia, Lourival é considerado o mandante do homicídio, embora também não descartem a possibilidade de Anic ter participado do plano em algum momento.

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