O número é o resultado de mais demissões que contratações no mês, segundo dados do Ministério do Trabalho.
O Brasil perdeu 33.953 vagas formais de emprego em agosto deste ano, informou o Ministério do Trabalho nesta sexta-feira. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.253.728 contratações e 1.287.681 demissões no período, na série sem ajuste. Trata-se do 17º mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada na série sem ajuste. Dentre os segmentos, a indústria de transformação voltou a ter aumento de vagas, depois de também registrar queda por dezessete meses consecutivos.
O número de postos fechados em maio deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 86.543 vagas. Também é menor que o valor do mês anterior, que registrou perda de 94.724 postos de trabalhos. No acumulado do ano, já são 651.288 vagas a menos, o pior resultado no período desde 2002. É o segundo resultado negativo nesse período, superando o fechamento de 541.494 de vagas entre janeiro e agosto do ano passado.
A indústria de transformação, o comércio e a indústria extrativa mineral inverteram as tendências dos últimos meses e voltaram a contratar mais que demitir. No caso da indústria de transformação, houve ganho de 6.294 vagas, primeira alta em dezessete meses. O comércio teve saldo de 888 novos postos, o primeiro resultado positivo desde dezembro do ano passado, e a extração mineral somou 366.
Na outra ponta, a administração pública e o setor agropecuário, que vinham contratando mais que demitindo desde fevereiro e abril, respectivamente, tiveram perdas de 450 e 15.436 vagas. A maior perda dentre os segmentos foi na construção civil, com queda de 22.113 vagas. O setor registrou a 22ª perda consecutiva, sem criar postos desde outubro de 2014.