Ao todo, 221.238 foram registros de violência doméstica (606 casos por dia).
O Brasil registrou 63.880 mortes violentas em 2017, o maior número de homicídios da história, de acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na manhã desta quinta-feira (9). Sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado, aumento de 2,9% em relação a 2016. Os estupros aumentaram 8,4% de um ano para o outro.
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O Rio Grande do Norte registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 68, seguido por Acre (63,9) e Ceará (59,1). As menores taxas estão em São Paulo (10,7), seguida de Santa Catarina (16,5) e Distrito Federal (18,2). O 12º Anuário de Segurança Pública compilou dados das polícias de todos os estados do país.

As capitais com as menores taxas são Rio Branco (AC), com 83,7 por 100 mil habitantes, Fortaleza (CE), com 77,3, e Belém (PA), com 67,5.

Violência policial
A letalidade das polícias nos estados brasileiros aumentou 20% em relação a 2016: 5.144 pessoas foram mortas em decorrência de intervenções de policiais civis e militares. Isso representa 14 mortos por policiais por dia.
O número de policiais mortos diminuiu 4,9% em relação a 2016: 367 policiais civis e militares foram vítimas de homicídio em 2017.

Feminicídio
O fórum também contabilizou o número de mulheres vítimas de homicídio no ano passado: 4.539 (aumento de 6,1% em relação a 2016). Desse total, 1.133 foram vítimas de feminicídio.
Ao todo, 221.238 foram registros de violência doméstica (606 casos por dia).
Estupros
O número de estupros cresceu no pais no período. Foram 60.018 casos registrados no país no ano passado, aumento de 8,4% em relação a 2016.
Latrocínio
Os casos de latrocínio diminuíram 8,4%, indo de 2.527 para 2.333 casos em todo o país.
Armas
Em 2016, 119.483 armas de fogo foram apreendidas em 2017, crescimento de 0,2% em relação a 2016.
Segundo o Fórum, 12.782 armas legais passaram para o circuito ilegal em 2017, o que equivale a 12% das armas apreendidas pelas polícias no mesmo ano. É como se um mês de trabalho das polícias tivesse se perdido.
O contexto de confronto entre essas organizações criminosas, cujos expoentes são o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), permaneceu fora das prisões, elevando o número de assassinatos cometidos nas ruas em diversos Estados. Mais de um ano depois dos assassinatos marcados pela crueldade, com decapitações e esquartejamentos, o Estado constatou que a superlotação e as condições precárias ainda são uma realidade quase intocada nos presídios, em meio ao fortalecimento das facções e uma violência que só avança nas cidades.

Fonte: Portal G1
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