Bolsonaro exonera Maurício Valeixo. Moro avisou que deixaria o governo

Aliados de Moro afirmaram ao Estado que o ministro não vai aceitar a troca de Valeixo nas condições que o presidente está colocando, de “cima para baixo”.

O presidente Jair Bolsonaro exonerou nesta sexta-feira Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A exoneração foi publicada em decreto no Diário Oficial da União (DOU). A medida é assinada pelo presidente e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a cuja pasta a PF é subordinada.

Ontem, ao ser comunicado por Bolsonaro sobre a decisão, Moro avisou que deixaria o governo e, segundo o Broadcast/Estadão apurou, afirmou que não poderia aceitar mudanças na chefia da instituição.

Embora a indicação para o comando da PF seja uma atribuição do presidente, tradicionalmente é o ministro da Justiça quem escolhe.
Valeixo foi escolhido por Moro para o cargo no início do ano passado. O delegado comandou a Diretoria de Combate do Crime Organizado (Dicor) da PF e foi Superintendente da corporação no Paraná, responsável pela Lava Jato, até ser convidado pelo ministro, ex-juiz da Operação, para assumir a diretoria-geral.

Investigação da Polícia Federal sobre o filho Eduardo preocupa o presidente

Na cabeça de Jair Bolsonaro, não faltam motivos para tirar Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Para agentes com acesso ao alto escalão da PF, porém, algumas das causas mais fortes estão ligadas às investigações que fustigam o filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro (DEM-SP). Normalmente preocupado em se mostrar confiante, Eduardo tem nos últimos tempos dado sinais de preocupação. Primeiro, com as investigações sobre fake news. Tanto que recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar impedir a prorrogação da CPMI que investiga o disparo de notícias falsas nas redes.

Foto Divulgação: Anderson Torres – Alexandre Ramagem

Os dois cotados para a direção da PF

Anderson Torres, atual secretário de Segurança do DF e um dos preferidos de Jair Bolsonaro para suceder Maurício Valeixo na direção-geral da PF, é policial federal. Mas os delegados mais experientes e influentes o consideram alguém com pouco alinhamento com a corporação. Motivo: além de pouco experiente, dos dezesseis anos que tem de PF, Torres ocupou por dez anos cargos fora dela.

Alexandre Ramagem, diretor da Abin e outro cotado para o cargo, o preferido sobretudo pelos filhos de Bolsonaro, é tido na PF como bom policial, mas muito jovem. Tem apenas 15 anos na Polícia Federal. Em 2018, Alexandre Ramagem foi chefe da equipe de segurança do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, pediu demissão do governo de Jair Bolsonaro após o presidente anunciar a iniciativa de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

A Folha informa que o presidente Jair Bolsonaro tenta reverter o quadro. Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram escalados para convencer o ministro a recuar da decisão. Se Valeixo sair, Moro sairá junto, segundo aliados do ministro.

Magé/Online.com – Notícias 

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