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Delegação boliviana ficou presa por horas em Maturín após derrota nas Eliminatórias e acusa interferência política.
A Federação Boliviana de Futebol (FBF) acusou nesse sábado (7) as autoridades da Venezuela de sabotagem após a delegação da seleção nacional ser impedida de deixar o país horas depois da derrota por 2 a 0 para os donos da casa, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
A delegação boliviana deveria ter embarcado em um voo fretado logo após a partida em Maturín, ainda na madrugada de sábado. No entanto, só conseguiu retornar à Bolívia quase 12 horas depois do previsto, pousando no Aeroporto Internacional de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, antes de seguir viagem a La Paz.
De acordo com informações da emissora Unitel, autoridades venezuelanas não autorizaram a decolagem do voo, sem apresentar justificativas formais. Nem mesmo a intervenção do embaixador da Bolívia na Venezuela resolveu a situação, obrigando os jogadores e comissão técnica a voltarem para o hotel.
Segundo o jornal La Razón, os dirigentes bolivianos já teriam ficados descontentes após os venezuelanos remarcarem a partida da última rodada para sexta-feira, e não quinta.
Federação ameaça ir à Fifa e à Conmebol
A FBF emitiu um comunicado oficial repudiando o ocorrido e considerando a atitude uma violação das normas internacionais de aviação. A entidade estuda acionar a Fifa e a Conmebol, cobrando “sanções drásticas” contra a Venezuela, com base na hipótese de interferência política para prejudicar diretamente um concorrente na tabela.
A Venezuela ocupa a sétima posição, a zona do playoff, com 18 pontos. A Bolívia vem logo atrás com 14, na oitava posição. Com três rodadas a serem realizadas, os bolivianos pegam a seleção chilena na terça-feira (10), na capital La Paz.
