No fim do ano, Alerj já havia aumentado a tarifa, para R$ 8. Justificativa é que o valor está sendo reajustado pelo mesmo índice das tarifas intermunicipais.
Quem usa o bilhete único intermunicipal no Rio de Janeiro vem sentindo os efeitos da crise. A tarifa, que era de R$ 6,50, foi reajustada, no início do ano, para R$ 8. Mas, a partir do dia 13 de fevereiro, ele terá um novo ajuste com valor fixado em R$ 8,55, o que vai pesar ainda mais no bolso do usuário.
O aumento inicial foi autorizado por um dos projetos de ajuste fiscal que o governo do estado conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa, no ano passado. Também foi criado um teto pra concessão do benefício e quem ganha mais de R$ 3 mil perdeu o direito de usar o bilhete.
O novo reajuste estabelece o valor de R$ 8,55. Também foi corrigido o teto pra concessão do benefício – que sobe para R$ 3.290,70. A justificativa é que o valor está sendo reajustado pelo mesmo índice do reajuste das tarifas intermunicipais.
Como funciona o Bilhete Único
Atualmente, com o Bilhete Único Intermunicipal, os passageiros fazem a integração entre dois modais -ônibus, vans legalizadas, trens, barcas e metrô- pagando R$ 6,50. A diferença entre este valor e as duas passagens é subsidiada pelo governo. Agora, com o bilhete único subindo para R$ 8,55, a diferença entre o valor de duas passagens e o subsídio é menor. Neste caso, quando o trabalhador não tem vale transporte arcado com a empresa, vai pagar valores mais próximos aos das duas passagens integrais.
Em dezembro, o fim dos programas sociais havia sido proposto pelo Governo dentro do pacote de austeridade. O governo também propôs o aumento do valor do Bilhete Único para R$ 7,50, que acabou fixado, na ocasião, em R$ 8.
Conforme reportagem apurou, a aprovação do aumento da tarifa foi costurada em reunião com os líderes partidários pouco antes da votação. Com o novo valor e a diminuição do valor subsidiado, o Governo teria se comprometido a pagar os programas sociais.
A aprovação foi muito criticada por deputados como o ex-secretário de transportes Osorio (PSDB), que votou contra.