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Baía de Guanabara: Vazamento de óleo compromete pesca a fauna em mangue e causa muitos prejuízos ao Meio Ambiente em Magé

Vazamento  ocorre no pior momento para os manguezais afetados. Caranguejos estão na época da desova.

A contaminação pelo vazamento de óleo dos dutos da Transpetro, subsidiária da Petrobras irá afetar muitas espécies e trazer perdas muito grande, principalmente no município de Magé. Reprodução de peixes, manguezais e todo entorno da Baía de Guanabara estão comprometidos depois de contaminadas as águas.

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O vazamento teve início na noite de sábado (8) e se originou no Rio Estrela, a partir de um duto da Transpetro, subsidiária da Petrobras que atua no transporte e na logística de combustível no Brasil e também em operações de importação e exportação de petróleo e derivados, gás e etanol.

Pescadores e catadores de encaranguejo sem saber o que fazer para manter a própria subsistência  

Os pescadores e catadores de caranguejo se encontram em situação de total desespero. Ao final de enfrentar dois meses de defeso, agora entra o período de reprodução. No caso dos caranguejos, estamos a poucos dias do início do período de desova, mas como e aonde colocar as ovas se está tudo contaminado pelo óleo?”, declarou o presidente da Federação dos Pescadores do Rio de Janeiro (Feperj), Luiz Cláudio Stabile Furtado.

60 mil litros escoaram em direção à Baía de Guanabara.

A causa do acidente foi atribuída a uma tentativa de roubo de óleo, danificando o duto. Em nota divulgada pela Transpetro, segundo a Empresa, 79% do óleo já foram recolhidos.

O Parque Natural Municipal Barão de Mauá fica próximo ao encontro do Rio Estrela com a Baía de Guanabara. Ele foi criado em 2012, quando um decreto da prefeitura de Magé transformou em unidade de conservação a área de mangue que vem sendo recuperada pelo Instituto Ondazul. A região foi uma das mais afetadas pelo derramamento de óleo que ocorreu em 2000 e ganhou repercussão internacional. Na época, imagens de aves com o corpo coberto por óleo circularam por todo o mundo e os trabalhos de recuperação ambiental em Magé mobilizaram diversas entidades que atuaram sob a liderança do Instituto Ondazul.

A tragédia compromete o reflorestamento que atravessou as barreiras de contenção e atingiu populações de caranguejos, comprometendo a condição socioeconômica da população. A perspectiva é de grandes prejuízos para os pescadores e para os catadores de caranguejos.

Recentemente o Parque Natural Municipal Barão de Mauá divulgou os resultados já alcançados pela recuperação, passados mais de 18 anos do acidente de 2000. Já foram reflorestados 90 dos 116 hectares do manguezal e é possível encontrar árvores com cerca de 20 metros de altura. As populações de caranguejos se restabeleceram e estão distribuídas entre mais de dez espécies diferentes. Aves e mamíferos comuns em manguezais também voltaram a habitar a região.

Segundo o órgão, somente após a conclusão do levantamento, será possível estipular valor de multa e responsabilização. O Inea informou que uma equipe sobrevoou a Baía de Guanabara, na segunda-feira (10), e constatou que as Ilhas de Paquetá e Brocoió não foram atingidas pelo vazamento. No entanto, informou que parte do óleo vazado contaminou o solo e o Rio Estrela na Praia de Mauá.

No vazamento de 2000, as indenizações a pescadores e ao município de Magé se arrastam até hoje, um recadastramento feito pela empresa responsável, Transpetro, com participação do poder público municipal de Magé, na época do desastre ambiental, foi conturbado, contemplando pessoas de fora das atividades alvo das indenizações e que verdadeiramente necessitava do amparo, aguarda na justiça uma solução.

 No novo episódio, pescadores e catadores de caranguejo aguardam das autoridades do Estado uma solução rápida, em atendimento ao desespero da perda da única fonte de renda desses trabalhadores.


Antonio Alexandre – Magé/Online.com – Notícias 

 

 

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