Antes de deixar Segurança, Beltrame anuncia que Rio não tem dinheiro para pagar sálarios de dezembro e 13º

Quando demandado numa situação dessas eu falo, em função de que os policiais e as pessoas se preparem para uma situação de um constrangimento muito grande.

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Após dez anos à frente da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame vai deixar a pasta na próxima segunda-feira. Mas, antes de sair, escancarou os problemas que o governo e seu sucessor — o também delegado da PF e seu homem de confiança Roberto Sá terão nos próximos meses. Após o Palácio Guanabara ter anunciado oficialmente sua saída na manhã de ontem — no dia seguinte a tiroteios no Pavão Pavãozinho que levarem terror à Zona Sul Beltrame revelou que o estado não tem dinheiro para pagar os salários de dezembro e o 13º. O secretário foi a primeira autoridade a admitir que os cofres estão vazios.

— Eu preferiria que o Estado dissesse isso, mas a informação que eu tenho hoje é que não teremos. Não teremos o 13º e que possivelmente não teremos o salário de dezembro. Não está nada garantido. Quando demandado numa situação dessas eu falo, em função de que os policiais e as pessoas se preparem para uma situação de um constrangimento muito grande.

Beltrame já havia posto o cargo à disposição do governo em pelo menos duas oportunidades desde o fim dos Jogos Olímpicos. Entretanto, o governador licenciado Luiz Fernando Pezão o havia convencido a permanecer até o segundo turno das eleições. Ontem pela manhã, entretanto, o governador em exercício Francisco Dornelles anunciou oficialmente a saída de Beltrame do cargo. Fontes próximas ao secretário afirmaram  que o anúncio da saída pelo governo um dia após os confrontos entre traficantes e PMs no Pavão-Pavãozinho teria desagradado a Beltrame, que também fez críticas ao projeto a condução do projeto das UPPs pelo governo.

— A UPP foi uma anestesia a um paciente que precisava de uma grande cirurgia. Essa cirurgia ou não foi feita, ou foi mal feita ou feita aos pedaços. Mas, o difícil está aí. É possível ter um rumo ao norte pra mitigar os problemas — disse.

O anúncio também pegou Pezão de surpresa. Pela manhã, ele afirmou, em Brasília, que pediria a Beltrame que ficasse até o fim do governo.

— Se eu tiver a oportunidade, vou pedir para ele que fique até o fim do governo.

Na gestão de Beltrame, os orçamentos das polícias Civil e Militar e da Secretaria de Segurança aumentaram 215,6%. De 2007, primeiro ano de Beltrame à frente da Secretaria de Segurança, até 2015, foram desembolsados R$ 35 bilhões, mais do que o destinado à saúde e à educação.

001Fonte: Jornal Extra

 

 

 

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