Incluída no pacote anticrise do governo, medida previa o fim do programa em junho de 2017.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, na tarde desta terça-feira, a permanência do Aluguel Social no Rio. Por unanimidade, os deputados anularam um decreto do governador Luiz Fernando Pezão, que previa o fim do programa em junho do ano que vem. Essa era uma das medidas incluídas no pacote anticrise do governo. Todos os 70 deputados já haviam assinado a proposta anteriormente.
A decisão foi comemorada por servidores e parlamentares. No Facebook, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) disse que foi uma “importante vitória do parlamento” e destacou que foi a primeira vez que um decreto legislativo derruba um do Executivo. “Era um crime, muito perverso. Ele [Pezão] fez por decreto, porque sabia que na assembleia ele não aprovaria isso. Não é uma medida anticrise, mas antidemocrática e anti população pobre”, reforçou Freixo.
Na manhã desta terça-feira, pelo menos 300 servidores protestaram contra o “pacote de austeridade”. Com faixas e cartazes, os manifestantes de vários órgãos e sindicatos contestam as medidas. Durante o ato, houve um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente que matou 75 pessoas, entre elas jogadores da Chapecoense e jornalistas, após a queda de um avião na Colômbia.
Cidinha Campos é hostilizada em restaurante
Durante o ato, um grupo de manifestantes descobriu que a deputada Cidinha Campos (PDT) estava almoçando em um restaurante no Paço Imperial, que fica ao lado da Alerj, e invadiu o estabelecimento. Eles gritavam “au au au, capacho do Cabral”, relembrando da amizade dela com o ex-governador Sérgio Cabral, que foi preso pela Operação Calicute neste mês.
Procurada pela reportagem, Cidinha repudiou a ação e contou que os manifestantes a xingaram. “Eles não sabem mais o que é cobra e o que é cachorro. Votei a vida toda a favor do servidor. Quando chegaram as emendas, fui a primeira a pedir a saída do Pezão”, afirmou a parlamentar.
A deputada lembrou ainda que muitos manifestantes estavam mascarados no restaurante. “Tem muita gente infiltrada. Eu estava almoçando. Meu amigo estava comemorando o aniversário dele e pediu um champanhe. O que eu tenho a ver com isso?”, questionou Cidinha.
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