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Africano é preso no Rio suspeito de aplicar golpe de mais de R$ 650 mil em mulher

De acordo com a Polícia Civil, o autor do golpe, de 38 anos, e a vítima se conheceram pela internet.

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O golpe aplicado parece até história de ficção. A promessa de uma bela história de amor se transformou em pesadelo para uma mulher que mora num bairro da Zona Norte do Rio. Ela foi vítima de um estelionatário e acabou tendo um prejuízo de cerca de R$ 660 mil, em remessas solicitadas por seu companheiro em potencial, após meses de contato pela internet. O autor do estelionato, um africano que não teve a identidade nem a nacionalidade revelada pela polícia, acabou preso nesta segunda-feira, após a vítima — ao notar que algo estranho ocorria naquela relação — denunciar o caso na 18ª DP (Praça da Bandeira), na última semana. O agentes, então, orientaram a mulher a marcar um encontro, onde mais dinheiro seria dado, e capturaram o criminoso em flagrante.

De acordo com a Polícia Civil, o autor do golpe, de 38 anos, e a vítima se conheceram pela internet. Ele se apresentou com uma falsa identidade na ocasião: a mulher acreditava estar em contato com um oficial da marinha norte-americana, que realizava um trabalho no Afeganistão. Após meses conversas, veio o primeiro prejuízo: o suposto militar revelou que possuía uma mala com uma quantia em dinheiro em Gana, país situado no ocidente da África, mas que, devido a entraves, ele a colocaria em contato com um amigo de confiança para que o dinheiro fosse retirado de lá.

Ela, então, desembolsou R$ 50 mil para que a transação fosse realizada. Depois de pouco tempo, conforme informou a polícia, o golpista relatou que havia ocorrido um novo entrave, e que mais dinheiro seria necessário. A vítima desembolsou mais R$50 mil reais para a segunda tentativa. Desta vez, no entanto, ela se encontrou com o falso emissário do oficial no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, papel também interpretado pelo africano, já que a mulher acreditava estar se relacionando pelas redes com o militar, que tinha outra aparência.

Sem saber que já estava acompanhada do homem com quem acreditava ter um relacionamento, ele se encontrou com o estelionatário, acreditando se tratar do amigo do militar e ambos vieram ao Rio, na ocasião. Posteriormente, ele abriu a mala, que continha um cofre, onde estaria a quantia de 1,6 milhão de dólares. O cofre permanecia trancado e as cédulas que estavam dentro do objeto eram falsas, de papelão, na cor preta.

Para tornar o enredo mais crível, o estelionatário tinha quatro notas originais de cem dólares, desviou a atenção da vítima e limpou a cédula com um líquido específico que ele alegara ser necessário para transformar a cédula disfarçada em original. Como estas quatro notas eram verdadeiras, e a vítima, depois, trocou o valor em uma casa de câmbio, ela acreditou que ocorreria o mesmo com todas as outras.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, no período entre a chegada do estelionatário ao aeroporto até a vítima desconfiar sobre a pessoa com quem estava lidando, ela foi lesada em diversos momentos. Em uma dessas vezes foi dito que esse suposto líquido específico para a limpeza das cédulas teria perdido a eficácia. Só nesta ocasião, ela desembolsou, a pedido do estelionatário, R$ 180 mil reais para que um novo recipiente viesse dos Estados Unidos. O produto chegara ao país com problemas, afirmou o criminoso para ela, na ocasião. E seria necessário mais R$ 180 mil reais para que outra garrafa com o material fosse enviada.

De acordo com a Polícia Civil, a partir deste momento, levando em consideração todo o dinheiro que havia sido desembolsado, a vítima procurou a delegacia, na última semana, já bastante desconfiada. Os agentes, então, orientaram a mulher a marcar um novo encontro com o suspeito (que para ela ainda se tratava do amigo do militar americano), sob o pretexto de entregar mais uma remessa de dinheiro para, novamente, adquirir o líquido para limpar notas.

Até então, a mala com o cofre ficou na casa da mulher — ela, no entanto, não tinha posse das chaves, fato que não a permitiu abrir o objeto e constatar o que havia no interior.

Com a orientação da polícia, ela pediu ao acusado que levasse a mala para o hotel, onde ele ficaria hospedado desta vez, e acrescentou que chegaria depois com o dinheiro. A polícia foi para o local e capturou-o em flagrante, em posse da mala com o cofre, na saída do estabelecimento.

O africano foi autuado pelo crime de estelionato, cuja pena varia de um a cinco anos de prisão. A Polícia Civil não revelou o nome nem o bairro onde a vítima reside.

redetvFonte: Jornal Extra

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