A mentira e a desinformação como matéria prima

Informação falsa, dada ao propósito de confundir ou induzir a erro.

Hipócreta

A última semana foi marcada, em versão reprise, de publicações nas redes sociais sobre a política mageense. O bate-bocas de disputas políticas no município ganham contornos de críticas e acusações de figuras carimbadas no cenário municipal.

É fácil perceber o desastre resultante da associação entre a incapacidade de distinguir notícia falsa e a proliferação em escala de noticiário mentiroso, criado com a finalidade de alavancar o ganho pessoal via politicagem, por meio do reforço a supostas convicções de discursos e denunciações, que nada ajudam no avanço da cidade.

Tal fato ocorre de forma vertiginosa e devastadora em toda parte onde chega sinal de internet.

O resultante desse coquetel é uma mistura de desinformação, preconceito, intolerância, incompetência para a escolha consciente e incapacidade de autodeterminação. Ou seja, o contrário das bases para o bom funcionamento do sistema democrático.

O fenômeno é avassalador e se espalha sem qualquer controle ou contraponto. Afinal, a internet é terra de ninguém. Não se sujeita a qualquer regulação. Antes que os arautos da censura se apresentem, é bom deixar claro que é assim que deve continuar! Serviços midiáticos a disposição de citações, alusões e outros coloridos marrons, servem a quem melhor paga, sem preocupação ou responsabilidades com as consequências que produzem.

O que podemos é identificar através desse comportamento politiqueiro, é estar atento ao histórico desses pseudos comentaristas político-partidários, cujo interesse e tumultuar e promover a desgraça alheia com intuito de desestabilizar o governo e se apropriar de um posicionamento “oposicionista.”

Magé

Magé precisa se libertar dessa prática. Quem de boa fé, é conhecedor de irregularidades, descaminhos ou improbidades, procure os órgãos competentes para apurar o que não está em consonância com os ditames da lei. Disseminar denúncias sem provas pode gerar crime previsto em lei.

A sociedade pode e deve cobrar de seus representantes nas esferas política um comportamento compatível aos cargos que exercem nos poderes constituídos, todavia a mesma sociedade deverá se comportar compatível com as regras impostas a todos, políticos, munícipes, cidadãos e tantos outros que integram a sociedade como um todo.

Catalina

“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?”

Sociedade deve vigiar para que se revele a verdade, arrancando as máscaras de quem pretende enganá-la.

Na literatura de mais de 2.000 anos atrás já encontramos o pingue-pongue de mentiras e verdades cruzadas entre os protagonistas e as biografias contrapostas de santos e vilões.

Parecem significativas, por exemplo, as Catilinárias do senador, jurista, político, escritor e orador romano Marco Tulio Cícero e as parábolas evangélicas do sábio e inconformista pregador judeu Jesus de Nazaré.

Ambas as experiências político-religiosas de mais de vinte séculos atrás, ainda hoje adquirem força e atualidade.

Incriminou-o assim o Senador Romano a Catalina:

“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós a tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia desenfreada? (….) Nem os temores do povo, nem a confluência dos homens honestos, neste local protegido do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada consegue te perturbar? Não percebes que teus planos foram descobertos? Não vês que tua conspiração foi dominada pelos que a conhecem? Quem, entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?

Os sábios, antigos e modernos, nos ensinam que as coisas, na política e na vida, nem sempre são tão evidentes como acreditamos ou como tentam nos impor. A realidade é sempre mais complexa do que parece.

Para entendê-la, sem nos deixarmos levar por miragens, é necessário, também hoje, saber decifrar em cada fato e em cada confissão dos políticos o que suas palavras escondem de verdade ou de mentira.

001Antonio Alexandre, Magé|Online.com 

 

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