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SEGUNDO ESPECIALISTAS, PICO DA ÔMICRON PODE CAIR EM FEVEREIRO

Cálculo é baseado nas curvas de contágio da variante em outros países com cobertura vacinal semelhante ao Brasil. 

Especialistas ouvidos pela CNN acreditam que a variante Ômicron deve perder força a partir do mês de fevereiro.

De acordo com presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, o pico de contágio deve ocorrer em uma a duas semanas. “É uma estimativa difícil. Mas depois do pico, começa a cair. Talvez, no final de fevereiro o número de casos já será bem menor”, explicou.

A variante foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial da Saúde (OMS) pela África do Sul, no dia 24 de novembro do ano passado, e tomou o mundo com rapidez.

Um relatório divulgado há uma semana pela OMS mostrou que a cepa já é responsável por quase 60% dos casos de Covid-19 sequenciados no último mês.

No exterior, as curvas de transmissão de países como Canadá e Reino Unido, que têm coberturas vacinais semelhantes às do Brasil, caíram depois de um mês da chegada da Ômicron.

A variante se comportou muito parecida com os outros países: é um aumento muito intenso e muito rápido do número de casos, é uma onda bastante aguda. Isso sempre preocupa. A gente viu que fica próximo a 30 dias a duração dessa curva”, explicou o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, que é médico sanitarista.

No Rio de Janeiro, a variante já é responsável por 98,1% dos casos de Covid-19. Do fim de 2021 para cá, a taxa de positividade para a doença na rede pública da capital fluminense subiu de 0,7% para 51%.

Segundo dados da prefeitura, 2022 já conta 64.713 casos confirmados, 238 graves. Além disso, 20 pessoas morreram.

Imagens em alta resolução mostram a variante Ômicron

No momento a gente ainda tem o número de casos numa curva crescente. Os números continuam aumentando e aumentando quase na mesma velocidade que na África do Sul, na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá. Então são curvas muito parecidas, com uma velocidade de aumento um pouco menor no Rio de Janeiro”, diz Soranz.

A gente está com um índice de replicação de 4. Nesses países a gente chegou a ver um índice de replicação de 6. Então a gente está indo em uma velocidade um pouco menor mas muito intensa de casos”, avalia o secretário.

Para dar conta de atender a demanda, a prefeitura carioca reabriu 150 leitos para tratamento de pacientes com Covid. “A gente tem que estar preparado para aumentar pontos de testagem, pontos de atendimento e leitos hospitalares porque a gente não sabe, de fato, quanto isso vai durar”, explicou.

O secretário também revelou um palpite de pesquisadores: “”.para alguns especialistas, ela se finaliza próximo a primeira semana de fevereiro, mas é muito cedo para afirmar:

O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), José Cerbino Neto, concorda que é cedo para afirmar:

O que temos hoje são dados das ondas na África do Sul e de países do hemisfério norte, que estão algumas semanas na nossa frente. Os dados deles sugerem uma duração de cinco a seis semanas, mas temos tido uma variação geográfica muito grande entre as ondas. O Brasil tem infecções prévias, cobertura vacinal e sazonalidade muito diferente desses locais, o que pode influenciar a duração aqui”, explicou.

De acordo com Cerbino, como ainda estamos em ascensão não é possível prever com os nossos dados se o comportamento será o mesmo que o observado no exterior.

Eu diria que esperamos ver uma mudança de tendência ao longo das próximas duas semanas, e quando isso ocorrer será possível estimar a duração da onda”, concluiu o infectologista.

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