“Na minha gestão não há lugar onde o Estado não possa entrar”, afirmou o governador em exercício.

Cláudio Castro, atual governador do Rio de Janeiro, anunciou em entrevista a mídia que irá retomar irá ocupação das favelas do estado dominadas pelo tráfico e pelas milícias.
Nova Política de Segurança
Segundo o governador, as novas medidas serão em torno do reforço do programa Segurança Presente e do investimento em Inteligência para atingir financeiramente as organizações criminosas. “Na minha gestão não há lugar onde o Estado não possa entrar”, afirmou, acrescentando que ainda não há decisão sobre quais serão as primeiras comunidades a serem ocupadas.
Um relatório da Polícia Civil encaminhado ao Ministério da Justiça e ao Supremo Tribunal Federal (STF), no meio do ano de 2020, apontou que o crime organizado atua em 1.413 comunidades do Rio. O tráfico comanda 81% desses territórios, e a milícia 19%.

. Quadrilha de traficantes 1 — 828 comunidades
. Milícia — 278 comunidades
. Quadrilha de traficantes 2 — 238 comunidades
. Quadrilha de traficantes 3 — 69 comunidades.
. Polícia estima que o Rio tenha 56.600 criminosos em liberdade; efetivo da PM nas ruas é de 22 mil homens, segundo RJ2
. 895 criminosos de altíssima periculosidade têm mandados de prisão em aberto;
. A maioria dos inquéritos abertos no Rio são de crimes relacionados à violência doméstica: 9.762
. 4.137 de estupro;
. 830 de extorsão;
. 5.522 de homicídio doloso;
. 3.452 de roubos;
. 2.200 de tráfico de drogas e associação para o tráfico;
. 9.762 de crimes relacionados à violência doméstica.

Invasão de favelas
A guerra que se travou nos últimos meses em algumas comunidades do Rio, complexo São Carlos, Rio Comprido, durante tentativa de invasão por criminosos de uma facção rival de traficantes, foi um indicativo de que a violência está longe de ser arrefecida no Rio. E é um dos principais desafios que o governador em exercício terá pela frente, já que o projeto bélico de Wilson Witzel não trouxe resultados.
Outra questão pendente é a queda de braço entre o STF e o estado. O plenário da Corte suspendeu as operações policiais em comunidades durante a pandemia, a não ser em casos excepcionais, que devem ser justificados por escrito e comunicadas ao Ministério Público estadual. Em meio à proibição, a PM realizou uma ação na Cidade de Deus.

Especialistas em segurança pública divergem quanto à decisão do STF.
O sociólogo Paulo Storani, ex-policial do Bope, teme que a medida provoque retomada da violência. Outros defendem que o grande problema da polícia é a necessidade de reestruturar o seu serviço de inteligência.

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