As ações, que serão direcionadas aos ambulantes e moradores de rua, serão testadas primeiramente na Lagoa Rodrigo de Freitas.
O acordo entre Governo do Estado e Prefeitura do Rio para assumir os trabalhos de ordenamento urbano começa a partir de segunda-feira (19) na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul da cidade.
A princípio, as ações – que serão direcionadas a pessoas em situação de rua e ambulantes vão começar pelos pontos turísticos do Rio.
Segundo o secretário de Governo e Relações Institucionais, Cleiton de Souza Rodrigues, a Lagoa será um projeto de experiência para que haja um levantamento dos possíveis erros e acertos da operação.
“A gente espera que, no máximo, em 30 dias, 20 dias consigamos estar em todos os pontos turísticos do Rio de Janeiro”, anuncia o secretário.
Moradores de rua e ambulantes retirados
Nos primeiros dias de ação, os agentes do programa Segurança Presente vão identificar pessoas em situação de rua e ajudarão nas ações de retirada. Segundo o secretário, a operação vai contar com agentes de órgãos de assistência social e de cuidados com adolescentes e crianças.
No decreto, está estabelecido que equipes multidisciplinares têm autonomia desde que com o respaldo de um médico para retirar da rua e internar usuários de drogas em situação de rua. Parentes também podem solicitar a internação voluntária. O tratamento pode durar até 90 dias.
“Por exemplo, na ponta do Jardim de Alah, nós percebemos que ali as pessoas estão instalando verdadeiras moradias. Isso é uma desordem urbana. A gente percebeu que há no entorno da Lagoa, em 9 pontos mapeados, vários pontos de desordem urbana. Flanelinhas e ambulantes em situação irregular. É um choque de ordem”, diz Cleiton, que afirmou que a operação será estendida para toda a cidade.
Governador defende internação de moradores de rua
Durante o anúncio de que o governo estadual passaria a cuidar do ordenamento urbano no Rio, governador Wilson Witzel disse que moradores de rua com problemas psiquiátricos ou usuários de drogas poderiam ser internados contra a própria vontade. “Não temos que ficar perguntando se quer ou não”, afirmou Witzel.
Durante o evento no Palácio Guanabara, o governador disse que pessoas em situação de rua não possuem capacidade de autodeterminação e não pode decidir se ficarão ou não nas ruas e poderão ser recolhidas para abrigos.
“As pessoas que estão na rua e não tem sua capacidade de autodeterminação. Ela não pode decidir se ela vai ficar ou não na rua. Ela vai ser recolhida. Isso não é nenhum tipo de limpeza”, explicou Witzel.
Fonte: Portal G1
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