- Baixada Verde, municípios se organizam para aplicar recursos do Ministério do Turismo.
Muitas atrações mapeadas por iniciativa de um belo projeto da Universidade Federal Rural Fluminense (UFRRJ), batizada Baixada Verde, revela a partir de estudos, que pretende quebrar estigmas, associados à região, desvendando as belezas ainda pouco exploradas para o turismo da Baixada Fluminense.
O inventário dessas atrações está sendo realizado numa parceria do projeto com o curso de turismo. A lista inclui áreas para esportes de aventura, como o Pico da Coragem, em Japeri. Há lugares de interesse geológico, como a Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu. E mirantes, a exemplo do Morro do Pau Branco, em São João de Meriti e pontos turísticos incríveis na baixada.

Em Magé, as cachoeiras são estrelas da companhia, já disputadas, sobretudo, no verão. A Véu de Noiva, com seus 110 metros de queda, é presença certa na lista das mais bonitas do estado. Mas a de Monjolos, no distrito de Santo Aleixo, rivaliza em beleza.
Na etapa atual do projeto, além de a Secretaria estadual de Turismo ter desenvolvido uma plano estratégico do Baixada Verde, os municípios se organizam para aplicar recursos do Ministério do Turismo.
Nos dez municípios envolvidos no projeto, já foram identificadas mais de 150 áreas de grande potencial, que têm natureza preservada, apesar da imensa malha urbana, às vezes desordenada, do entorno. A ideia de dar à Baixada Fluminense o título de paraíso verde surgiu em 2017, numa reunião do Fórum Estadual de Secretários de Turismo (Fest-RJ). Desde então, a iniciativa ganhou a adesão do estado, de empresários e também de universidades.

O lançamento do Plano Estratégico da “Baixada Verde”, aconteceu em Magé e reuniu autoridades do estado, o prefeito Rafael Tubarão, secretário de Turismo de Magé, Wagner Rosa, e o executivo da ABIH-RJ, Paulo Reis.
Turismo diversificado

Caminho do Ouro
Inaugurada em 1723, a Estrada da Serra Velha, que ligava antigamente o Rio a Minas Gerais, passando pela Região Serrana, tem em Magé um trecho que conta boa parte da história do Brasil. Palco para quem gosta de estar em contato com a natureza e de aprender, a trilha que passa pela cidade da Baixada foi toda feita em pedras e demorou cerca de dois anos para ficar pronta. No século 18, a estrada era um dos principais caminhos para levar o ouro produzido aqui para nosso estado vizinho.
Trata-se de uma trilha de pedras construída em 1724, na Serra dos Órgãos, pelos escravos do fazendeiro Bernardo Soares de Proença, para o transporte de ouro de Minas Gerais até Magé. Hoje a trilha é um atrativo para turistas e seu calçamento é considerado um trabalho de arte. A travessia é feita por dentro de Mata Atlântica, entre bromélias e samambaias e se avistam animais da fauna local, como macacos e preguiças. Há córregos e cachoeiras pelo caminho. O acesso é pela BR-116 (Avenida Santos Dumont) até Piabetá. De lá, é preciso seguir até Vila Inhomirim. A entrada da trilha fica próxima à igreja Nossa Senhora da Conceição.
A Cachoeira Véu da Noiva

Uma das mais conhecidas cachoeiras do município, o Véu da Noiva tem uma queda d’água de aproximadamente 110 metros de altura e há formação de piscinas naturais no entorno, ela é considerada a 5ª beleza natural do Brasil. É necessário o acompanhamento de um guia para alcançar a Cachoeira Grande a partir de Santo Aleixo.
Sítio Arqueológico dos Índios Tupinambás
O local foi descoberto na localidade de Barão de Iriri, em 1973. Em 1985 foi feito o estudo das ossadas ali encontradas, quando cerca de 2 mil fragmentos e 44 esqueletos indígenas foram identificados, entre eles de quatro crianças. Também foram achados vários fragmentos de cerâmicas, indicando a produção cultural dos índios. O sítio fica na Praia de Barão de Iriri, no bairro de mesmo nome. O bairro dista cerca de 30 minutos a pé do centro da cidade.

Estrada de Ferro Mauá
Nela viajaram passageiros ilustres, como os membros da família real, além de colonizadores e aventureiros. Inaugurada em 1854, foi a primeira a ser construída na América do Sul.
Praia de Mauá


Reconhecido em 2007 pela Fundação Palmares como uma comunidade remanescente de quilombo, o Quilombo Maria Conga faz parte da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro e conta com um centro cultural criado para preservar a história de seus descendentes. Foi fundado por Maria Conga, negra africana que viveu todas as agruras dos tempos de escravidão, tendo dedicado sua vida à luta pela liberdade e, em 1988, foi declarada oficialmente heroína de Magé, durante o centenário da Abolição. Margeando a linha férrea que cruza Magé, o único quilombo da Baixada Fluminense reconhecido pelo Ministério da Cultura.

Antonio Alexandre, Magé/Online.com
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