Pescadores que frequentam a Baía de Guanabara relataram que estão sendo surpreendidos por assaltantes em barcos.

Denúncias da Associação de Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara, relatam casos de assaltos na baía estão acontecendo com frequência. Segundo a associação, a situação é pior na região perto das comunidades Itaoca, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e Ana Clara, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
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Segundo os relatos, os bandidos são como “piratas” que roubam os pescadores que ficam pela Baía de Guanabara. Eles levam os motores dos barcos para serem revendidos no mercado clandestino, peixes nobres, além de dinheiro e celulares dos pescadores.

A associação afirma ainda que pediu ao Ministério Público e Capitania dos Portos para reforçar a segurança na região de pesca do Rio de Janeiro.
A Marinha informou que já fez contato com os órgãos de segurança e que também colocou à disposição infraestrutura para poder fazer buscas pelos bandidos.
Após as denúncias, a Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) já intensificou ações de fiscalização e o apoio à Polícia Militar (PM).

Segundo a Marinha, duas embarcações foram disponibilizadas, sendo uma blindada, e seus militares, que atuam em conjunto com a moto aquática da PM.
A Marinha alertou que todos os cidadãos podem colaborar com a fiscalização, enviando denúncias e informações para o WhatsApp (97299-8300), pelo telefone do disque-denúncia (2104-5480), e por meio da ouvidoria da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (cprj. ouvidoria@marinha.mil.br).
Para melhor identificação, é importante que sejam enviados dados como o número de registro das embarcações, foto, local e horário da ocorrência.

A RedeTV+, através do zap: 987598030, auxilia os pescadores nas denúncias de roubos na Baía de Guanabara. O sigilo das denúncias é garantido. Todas as ocorrências registradas pelo nosso veículos, são encaminhadas as autoridades competentes e responsáveis pela manutenção da segurança na área da Baía.

Outras atividades criminosas contra pescadores.
Quem tira o sustento do mar está tendo que remar contra uma milícia que invadiu o litoral do Estado do Rio. São maus policiais que abordam embarcações para extorquir dinheiro daqueles que não têm o Registro Geral de Atividade Pesqueira (RGP). O documento é obrigatório para exercer a atividade de pesca profissional artesanal, mas está com a emissão suspensa pelo governo federal há três anos.
O grupo criminoso, que teria ainda a participação de servidores federais de órgãos não identificados pelas vítimas, tem exigido de R$ 250 a mil reais para que os barqueiros não percam a sua rede, que custa cerca de R$ 4 mil. A propina também evita que o pescador seja levado para a delegacia.
Alexandre Anderson fundador da Associação Homens do Mar (Ahomar)

Resistência dos pescadores da Baía de Guanabara
A pesca na Baía de Guanabara vem de pai para filho, que nascia praticamente dentro d’água, a esposa ajudava a fazer o manuseio do crustáceo, do peixe. Nós temos as marisqueiras, há poucas, mas ainda temos. O sentimento desses pescadores é de muita tristeza. Têm o dever de pai de pedir ao filho para não pescar. De incentivar o filho a procurar outro serviço, de se mudar para mais perto da capital para trabalhar. Porque a pesca não agrega mais ninguém. Tem pouco peixe e o espaço está menor. É natural que o jovem não se insira na pesca. É a cultura centenária dos caiçaras da Baía de Guanabara, que vem dos indígenas, que está morrendo. Além da questão social e econômica, estamos perdendo uma identidade cultural. É histórico, temos sambaquis que provam que nós consumimos peixes, mariscos, crustáceos na Baía de Guanabara desde tempos remotos. Um dos objetivos do projeto é manter um pouco disso, dando subsídios para esses homens antigos que carregam toda essa sabedoria ainda no mar, ainda na atividade.

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