Traficantes atiraram na Penha, Jacarezinho e Morro dos Prazeres, onde equipe ficou encurralada por mais de uma hora.
Equipes de três Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram atacadas entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira no Rio. A base da Vila Cruzeiro, na Penha, foi atingida por disparos; no Jacarezinho, um soldado foi baleado de raspão na perna e, num dos casos de maior tensão, PMs da UPP Prazeres/Escondidinho, em Santa Teresa, foram encurralados por traficantes por mais de uma hora. Eles ainda alegaram estarem sem munição e não puderam reagir.
Acuados, pediram ajuda pelo rádio aos militares do 5°BPM (Praça da Harmonia), que tentaram subir em apoio mas não teriam sido autorizados. “Morro dos Prazeres aqui na escuta. Chama o UPP Choque, aí! Informe aí! vai esperar acontecer uma tragédia, companheiro?! Precisamos de apoio!”, conversavam os policiais pelo rádio da PM.
De acordo com a assessoria das UPPs, o acionamento do Batalhão de Choque (BPChq) e do Bope foi simultâneo à implantação do cerco realizada pelo 5º BPM. Ainda segundo a nota, a incursão foi realizada pelas unidades especiais.
Na Vila Cruzeiro, a base foi atacada por criminosos da facção Comando Vermelho (CV) que continuam controlando o tráfico de drogas no Alemão e na Penha, na Zona Norte.
Armados com fuzis, os bandidos fizeram diversos disparos que atingiram a janela e paredes da sala de operações. Nenhum policial ficou ferido, mas os tiros deixaram marcas no imóvel. O policiamento foi intensificado na região do incidente.
Já no Jacarezinho — que em menos de um mês contabilizou a morte de três PMs em serviço — no início da madrugada, criminosos atiraram contra uma equipe em um ponto de visibilidade na localidade conhecida como Rei do Gado. Na ação, um soldado foi atingido de raspão na perna e socorrido no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio. Ele foi medicado e liberado. O caso foi registrado na 25ª DP (Engenho Novo). O Comando de Operações Especiais (COE) permanece atuando na comunidade.
PMS INTIMIDADOS
Para o ex-secretário Nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva Filho, os ataques acontecem porque os policiais estão intimidados. “Em 2010, quando ocuparam o Alemão, acreditava-se que o tráfico não iria atacar. A ousadia cresceu, assim como o medo dos militares. É inadmissível que policiais fiquem encurralados.”
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