Para superar tantos desafios, tornou-se frequente o emprego das Forças Armadas em missões variadas, como as de garantia da lei e da ordem.
Em 1º de Março de 1845, Caxias, então vencedor da Guerra dos Farrapos, celebrou a Paz de Ponche Verde. A conclamação final sintetizava seu espírito pacificador: “Abracemo-nos e unamo-nos, não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum”, mostrando que somente a superação dos antigos e injustificáveis antagonismos abriria caminho para a construção de um futuro grandioso. Ao celebrarmos o nascimento, nunca foi tão importante ao Brasil enaltecer as qualidades desse brasileiro exemplar.
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Perdemos a disciplina social, a noção de autoridade e o respeito às tradições e aos valores, o que nos tornou uma sociedade ideologizada, intolerante e fragmentada. Estamos nos infelicitando, diminuindo nossa autoestima e alterando nossa identidade.
Somos um grande país, que não consegue vislumbrar um projeto para o seu futuro, nem, tampouco, identificar qual o papel a exercer no concerto das nações.
Para superar tantos desafios, tornou-se frequente o emprego das Forças Armadas em missões variadas, como as de garantia da lei e da ordem, atendendo prontamente ao chamado de diversas Unidades da Federação.
Vivemos tempos atípicos. Valorizamos a perda das vidas de uns em detrimento das de outros. Há quatro dias, durante operações no Rio de Janeiro, perdemos o cabo Fabiano de Oliveira Santos e o soldado Marcus Vinícius Viana Ribeiro, ambos do 2º Batalhão de Infantaria Motorizado, além do soldado João Viktor da Silva, do 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista. Suas mortes tiveram repercussão restrita, que nem de longe atingiram a indignação ou a consternação condizente com os heróis que honraram seus compromissos de defender a Pátria e proteger a sociedade.
Como eles, há soldados das três Forças Armadas que têm sacrificado suas vidas para que o futuro do Brasil seja diferente. É chegada a hora de dizer basta ao diversionismo, à radicalização retrógrada e à fragmentação social.
Urge retomar o espírito pacificador de Caxias, que soube, respeitando as diferenças, encontrar um caminho de sinergia e de coesão para o País.
Meus comandados!
É preciso que busquemos a união, com espírito público, sacrifício e ética.
O Brasil tem pressa para reencontrar sua identidade.
Que as inúmeras virtudes do “Duque de Ferro” nos sirvam de inspiração.
Que nessa hora, coberta de dúvidas, sejamos corajosos para nos despojarmos daquilo que nos desagrega.
Nós, soldados da Pátria, não podemos temer. O Brasil e os brasileiros serão sempre a nossa servidão.
Gen Ex Eduardo Villas Boas
Comandante do Exército Brasileiro
Parabéns a todos bravos soldados da nação brasileira pelo seu dia! Aos verdadeiros soldados das Polícias Militar e Civil do nosso estado, que todos os dias garantem a vida dos milhares de cidadãos de bem, oferecendo a própria vida na garantia da Ordem.
Fonte: Forças do Exército brasileiro