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Profissão de Risco: Estado do Rio tem um professor ameaçado a cada três dias

Educação ameaçada através da violência. Profissão Professor o futuro do país.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), obtidos pelo GLOBO via Lei de Acesso à Informação, a cada três dias, um professor é ameaçado dentro de escolas no Estado do Rio. Ao todo, em 624 ocasiões, professores denunciaram à Polícia Civil ameaças dentro de estabelecimentos de ensino no estado de 2014 a 2017. O levantamento não informa se as escolas são da rede pública ou particular.

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Os dados globais mais recentes colocam o país como o mais violento contra esses profissionais. Além disso, estudiosos do tema apontam que faltam levantamentos internos que promovam o diagnóstico do problema.

Para a socióloga Miriam Abramovay, especialista em violências nas escolas e juventudes, é significativo a falta de dados sobre o tema. “Praticamente nunca foi feito nenhuma pesquisa específica só com os professores. Isso mostra que o tema não é prioritário, como se a violência não tivesse impacto no ensino, no aprendizado e no cotidiano da escola“, afirma.

Brasil #1 no ranking da violência

Uma pesquisa global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. O levantamento é o mais importante do tipo e considera dados de 2013. Uma nova rodada está em elaboração e os resultados devem ser divulgados apenas em 2019.

Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.

Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados – a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%.

Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero. O respeito a classe de profissionais é sagrado.

Impunidade

A pesquisadora Rosemeyre de Oliveira, da PUC-SP, atribui a violência nas escolas à impunidade dos estudantes.O aluno que agride o professor sabe que vai ser aprovado. Pode ser transferido de colégio – às vezes é apenas suspenso por oito dias”, diz. “Os regimentos escolares não costumam sequer prever esse tipo de crime. Aí, quando ele ocorre, nada acontece.

Para as vítimas, no entanto, as consequências costumam ser severas. Rosemeyre investiga o trabalho dos professores readaptados – aqueles que foram afastados da sala de aula e reinseridos em outra atividade escolar, como na secretaria ou na biblioteca. “A maior parte precisa deixar de atuar nas classes porque tem estresse pós-traumático. Há docentes que foram baleados por alunos, agredidos ou ameaçados”, explica. “Quando assumem outras funções, as vítimas são vistas com preconceito até pelos próprios colegas.

“Geração cristal” + “Síndrome do imperador”

Especialista em educação, Andrea Ramal, colunista do G1, lembra uma declaração da professora agredida em Santa Catarina para refletir sobre o papel dos pais e da sociedade na proteção do professor. Em seu depoimento, a professora escreveu: “Esta é a geração de cristal: de quem não se pode cobrar nada, que não tem noção de nada”.

“A análise (da professora) é coerente com alertas de psicólogos contemporâneos que defendem que os pais estão outorgando poder demais para os filhos. Não estabelecer limites, quase nunca dizer “não” e fazer todas as vontades de crianças e adolescentes são ingredientes-bomba. Derivam na “síndrome do imperador”, um comportamento disfuncional em que os filhos estabelecem suas exigências e caprichos sobre a autoridade dos pais, controlando-os psicologicamente e podendo chegar, não raro, a agressões físicas”, afirma Ramal.

MAPA DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS DO RIO EM NÚMEROS

Os depoimentos dos professores é de que as relações mudaram, explica a socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Caren Ruotti. “Os professores reclamam da falta de respeito dos alunos, que não veem mais neles uma figura de autoridade. E mais: nenhum aluno quer ser professor. Como vai respeitar aquela figura se o Estado não reconhece a importância do profissional?” Na análise de Caren, um caminho para a solução desses conflitos passa por um trabalho conjunto entre professores, direção, pais e comunidade escolar. “O importante é reconhecer o o problema e abrir canais para discussão“.

Publicação recente da revista Nature, uma das principais revistas do mundo sobre ciência e conhecimento, é um desalento muito grande para os brasileiros.

É inegável, seja para posições mais à direita ou à esquerda, que o motor do desenvolvimento econômico e social dos países na atualidade está diretamente ligado ao desenvolvimento científico e tecnológico.

Brasil: um país sem educação, um país sem conhecimento, um país sem futuro.

Publicação recente da revista Nature, uma das principais revistas do mundo sobre ciência e conhecimento, é um desalento muito grande para os brasileiros.

É inegável, seja para posições mais à direita ou à esquerda, que o motor do desenvolvimento econômico e social dos países na atualidade está diretamente ligado ao desenvolvimento científico e tecnológico.

É certo que o desenvolvimento científico não diminui a desigualdade, nem é remédio para a miséria, mas faz o país se desenvolver econômica, social e culturalmente. Basta olhar para EUA, França, Inglaterra, China, Coréia do Sul e outros.

Na publicação, a revista Nature faz um grande estudo sobre o avanço da pesquisa na China. A revista compara o número de cientistas de alguns países (vermelho) e a quantidade de pesquisadores em relação à população total (azul). Lá estão EUA, União Européia, Japão, China, Alemanha, Coreia do Sul e Inglaterra (Reino Unido).

É vergonhosa a situação do Brasil. Veja imagem acima.

O Brasil vive a revolução dos imbecis com um governo que faz jus à sua plateia. Imagina a França com faixas contra Voltaire, a Suíça contra Rousseau, uma Grécia com faixas contra Aristóteles e Sócrates, uma Itália contra Leonardo da Vinci, Galileu Galilei etc. Todos esses brilhantes personagens da história, tiveram oportunidade de estudar em escolas regulares até se tornarem gênios da ciência.

A comunicação de massa pergunta “Que Brasil você quer para o futuro?” Eu responderia que quero um Brasil presente! Um Brasil que pense e invista no hoje, sob pena de não haver futuro.

A matéria em tela, serve além de alerta as autoridades, tanto quanto a desabafo do autor desta matéria, pouco aprofundada em dados estatísticos, todavia evidenciada pelos problemas aos quais vivi e testemunhei durante períodos de regência de classe em turmas lotadas de ensino fundamental e secundário. O desrespeito da nação aos docentes é verdadeiramente a maior investida da derrocada do país. “O Quanto mais ignorante o povo“, mais fértil o solo a ascensão dos poderosos, que manobram as massas e detém os miseráveis.

Professores, sereis eternamente responsáveis por aquilo que cativas! Valorize-se, reconheça quanto investimento empregastes até a chegada da sua proposição de ascensão ao magistério, uni-vos, lutem pelo ideal maior de salvação cultural, caminho único para um mundo melhor. Sem educação, sem democracia.

Antonio Alexandre, Magé/Online.com 

 

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