A ação faz parte da operação Caminho do Ouro, que cumpre mandados de prisão na Região Serrana.
Igor da Silva Carelli, presidente da Câmera de Petrópolis
O presidente da Câmara Municipal de Petrópolis, Paulo Igor da Silva Carelli e o vereador Luiz Eduardo Francisco da Silva, conhecido como “Dudu”, são alvos de mandados de prisão preventiva na operação Caminho do Ouro, da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do Rio.
Também são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, nos endereços da Casa Legislativa, nas residências do presidente da Câmara, do empresário Wilson da Costa Ritto Filho, conhecido “Júnior”, e numa das empresas dele.
Vereador Luiz Eduardo Francisco da Silva
Os políticos foram denunciados, junto com “Júnior” e outras cinco pessoas, entre funcionários da Câmara de Petrópolis e empresários, pelos crimes de fraude em licitação e peculato.
De acordo com a denúncia, Carelli, com auxílio dos demais envolvidos, combinou com o empresário uma forma de direcionar a licitação 03/2011, que gerou contrato de R$ 4,49 milhões, firmado entre Câmara Municipal de Petrópolis e a empresa Elfe Soluções em Serviços LTDA.
Para o MPRJ, fica evidente que as diversas ilegalidades praticadas durante o procedimento licitatório, especialmente as relativas à falta de publicidade do certame, tinham como objetivo afastar o caráter competitivo do ato para direcionar a licitação em favor da sociedade do denunciado “Júnior”, a Elfe Soluções.
Segundo as investigações, os vereadores Paulo Carelli e “Dudu” mantinham estreito vínculo de amizade com o empresário. De acordo com o Ministério Público fluminense, “Júnior” foi responsável por financiar, por meio de doações, mais de 90% das campanhas eleitorais de “Dudu” para a Câmara de Vereadores em 2008, e para deputado estadual, em 2010.
A pedido do MPRJ, a Justiça quebrou os sigilos bancário e fiscal dos denunciados, além de afastar os vereadores de suas funções públicas. A operação é fruto da atuação do grupo de trabalho, composto por membros do GAOCRIM/MPRJ e da Delegacia Fazendária/PCERJ. A parceria tem o objetivo de otimizar as investigações sobre crimes contra a administração pública, fraudes em processos de licitação e ações de organizações criminosas, entre outras práticas ilegais praticadas por agentes com foro por prerrogativa de função.
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