O secretário não esconde o assombro pelo número alto de agentes mortos: já são 98 no estado do Rio de Janeiro.

É um ataque à democracia — afirmou, Roberto Sá, no enterro do soldado Samir da Silva Oliveira, de 37 anos, neste sábado, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
O secretário não esconde o assombro pelo número alto de agentes mortos: já são 97 no estado do Rio de Janeiro.
— É um número alarmante, que nos deixa perplexos. São heróis que estão morrendo. Não tenham dúvida que a gente mergulha nas nossas estratégias, nos nossos protocolos para melhorar. Mas é preciso haver uma reforma criminal. Colocar essa carga toda só sobre a polícia não me parece justo. Basta fazer a comparação com outros estados sobre como se trata o criminoso que tira a vida de alguém. Temos a missão de proteger, mas temos que trabalhar com um sistema nos respalde — atentou.
O Web Jornal Magé|Online.com, vem ao longo do ano contabilizando as vítimas de agentes mortos no combate ao crime e denuncia sistematicamente o descaso com que o estado trata o servidor da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro. As declarações de constatação do caos que se instaurou no estado, lamentadas pelo atual secretário, pouco ou nada minimiza a dor de familiares que são abatidos todos os dias nas ruas. É preciso mais que mero reconhecimento Sr. Secretário, é preciso atitude, investimentos, coragem e determinação para mudar o status de abandono com que se encontram os policiais.

A indignação e revolta com o tratamento desonroso com que esta gestão trata esses verdadeiros heróis, expostos as investidas da criminalidade, atinge toda sociedade. O Rio de Janeiro perde sua identidade, a cidade “Maravilhosa,” tornou-se um rio de sangue, as famílias desses bravos soldados, mergulham na dor de perdas, são torturadas todos os dias sem saber se retornarão a suas casas depois de um duro dia de trabalho, resguardando a vida dos cidadãos, oferecendo a própria vida como escudo, arriscando tudo por todos. As retóricas palacianas já não mais acalentam a constatação de hipossuficiência diante da sociedade descrente, cansada e por fim abandonada a própria sorte.
As declarações de lamento e conhecimento do atual secretário, Roberto Sá, são palavras que até o momento não se traduzem em atitudes que possibilitem mudar o lamentável quadro exposto ao segmento da segurança pública. Enquanto terminávamos esta matéria, outros famílias recebiam a triste notícia que seu ente querido perdia para a bandidagem famigerada do estado.
Quatro mortes em menos de 24 horas
Samir da Silva Oliveira, de 36 anos, Elisângela Bessa Cordeiro, de 41 anos, Vaine Luiz dos Santos Ferreira, 33 anos e Bruno Guimarães Buhler, de 36 anos.
Em 2017, segundo dados da Polícia Militar, com três mortes em menos de 24 horas, a partir da noite de sexta-feira (11). O soldado Samir da Silva Oliveira, de 36 anos lotado na UPP São João, morreu após ser baleado no Méier.
Na madrugada deste sábado, a Elisângela Bessa Cordeiro, de 41 anos, lotada no 5º BPM, foi assassinada em assalto em Coelho Neto.
Também neste sábado, Vaine Luiz dos Santos Ferreira, 33 anos, foi morto pelo cunhado, segundo a polícia, em Nilópolis.
No início da tarde deste sábado (12), um soldado da UPP Jacaré estava em uma viatura que foi atacada em Del Castilho, na Zona Norte. Ele chegou a ser atingido pelo tiro, mas o equipamento evitou que fosse perfurado.
Policiais do 3º BPM (Méier) e da própria UPP fizeram operação na comunidade Bandeira 2, em Del Castilho, para tentar achar os responsáveis pelo ataque. Até a última atualização desta reportagem, não havia um balanço da ação.
Pede para sair secretário, seja humilde, se não consegues salvar outras vidas, permita que as autoridades desse estado o façam, dê uma chance a vida!
Nosso veículo lamenta profundamente as baixas de soldados de todas as corporações das Polícias Militar do Estado do Rio de Janeiro, Polícia Civil e clama a secretaria de Segurança que olhe com responsabilidade a situação desses que ainda vivem, para que tenham destino melhor que os irmãos que partiram.
Um policial civil foi morto nos últimos momentos, enquanto terminávamos esta matéria.
Policial da Core morto no Jacarezinho
O policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Bruno Guimarães Buhler, de 36 anos, morreu após ser baleado durante um confronto com traficantes na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, na tarde desta sexta-feira.
Antonio Alexandre, Magé Online.com
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