Restos mortais estariam desaparecidos há dez anos. Se história for confirmada, delegado diz que não há crime de violação de sepultura.
Na segunda-feira (5), o delegado Antônio Silvino, da 66ª DP (Piabetá) que investiga o sumiço dos restos mortais do bicampeão brasileiro Garrincha, ouviu o depoimento da filha do jogador, Rosângela Cunha dos Santos, da funcionária da Prefeitura de Magé que administra o cemitério e de um sobrinho do jogador que seria o dono atual da sepultura da família.
O sobrinho disse que durante o enterro de um outro parente há dez anos, eles perceberam que o túmulo já estava vazio. O problema é que o nome de Garrincha também está em monumento criado na cidade em 1985, dois anos depois da morte. Mas não há documentos que comprovem que os restos mortais foram transferidos.
De acordo com o sobrinho, a mãe dele e irmã de Garrincha, já falecida, autorizou a exumação do corpo muitos anos depois, mas também não há detalhes do paradeiro dos ossos. Se isso estiver confirmado, o delegado acredita que não há crime de violação de sepultura.
Na semana passada, a filha do jogador falou sobre a confusão e disse que o corpo do pai foi retirado do jazigo da família porque outro familiar precisou ser enterrado lá. Segundo ela, nenhuma das filhas participou da exumação nem tem qualquer documento que comprove que o corpo foi retirado do túmulo.