O MPF pede o bloqueio de R$ 220 milhões de sete pessoas e três empresas, sendo R$ 36 milhões de Heitor e outros R$ 12 milhões de Velloso, preso em Copacabana.
Em novo desdobramento da Lava-Jato no Rio, a Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira pela manhã dois mandados de prisão contra o diretor da RioTrilhos, Heitor Lopes de Sousa Junior, e o subsecretário de Turismo, Luiz Carlos Velloso (ex-subsecretário estadual de Transportes na gestão de Sérgio Cabral). A ação é um consequência da investigação de corrupção, pagamento de propina e contratos suspeitos da Linha 4 do metrô, no esquema chefiado pelo ex-governador.
As investigações são fruto de um acordo de leniência realizado pela Carioca Engenharia, cujos executivos indicaram o esquema de corrupção existente na Secretaria de Estado de Obras do Rio, consistente na cobrança de propina das empreiteiras envolvidas nos bilionários contratos de obras civis, com algumas variações, na Secretaria Estadual de Transporte e na Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Riotrilhos), especificamente no contrato de construção do Metrô Linha 4.
Agentes da PF, procuradores do Ministério Público Federal e auditores da Receita Federal estão nas ruas para cumprir também mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão.
As prisões foram feitas na Lagoa e em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Na Lagoa, foi preso Heitor Lopes de Sousa Junior. Ele é investigado por suspeita de recebimento de propina em contratos da Linha 4 do metrô, sempre em espécie e no canteiro de obra. Segundo o MPF, Heitor e a mulher Luciana Cavalcant Gonçalves estavam dando entrada em um pedido de cidadania portuguesa.
O MPF pede o bloqueio de R$ 220 milhões de sete pessoas e três empresas, sendo R$ 36 milhões de Heitor e outros R$ 12 milhões de Velloso, preso em Copacabana.
A prisão preventiva do diretor da Rio Trilhos foi pedida, segundo os promotores, para evitar uma possível fuga.
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi preso pela PF em 17 de novembro de 2016 na Operação Calicute, em ação conjunta da Justiça Federal do Rio e de Curitiba. Ele se encontra atualmente no presídio Bangu 8, no Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio.