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Filhos da mesma escola “Corrupção e delapidação do patrimônio público”

Se a corrupção é endêmica em nosso país, a causa não está no caráter, mas no afrouxamento de todas as instituições na observância da lei, moralidade e ética.

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É dito a tempos que “a ocasião faz o ladrão”, e é inegável a verossimilhança do ditado, mas seria, no caso brasileiro, só a ocasião de ser uma pessoa política, a razão real da corrupção? Para responder a essa pergunta, iremos primeiramente definir: O que é corrupção?

Corrupção (do latim: Corruptusdespedaçado”, ou em uma segunda acepção, “pútrido”) é o ato de se corromper, ou seja, obter vantagem indevida, seja por ação ou omissão, observando-se a satisfação de benefício próprio, a despeito do bem comum. Ao contrário do saber popular, a corrupção não é só política, e nem sempre envolve dinheiro. Existem três formas de se corromper: pelo abuso, pela omissão ou pelo desvio.

Provavelmente ninguém parou pra pensar o quanto afeta na sociedade essa mentalidade anômica, dessa carência de preceitos morais e éticos, sempre em busca da vantagem própria. É a “Lei de Gérson” aplicada, talvez uma frase infeliz do ex-jogador paa o momento, mas que reflete em totalidade como funciona a política no Brasil, até porque fazer política não é exclusividade parlamentar, mas um dever de todo cidadão, segundo disposto no parágrafo único do Artigo 1º da Constituição Federal: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Em eleições municipais o debate eleitoral gira em torno, normalmente, dos problemas do dia a dia dos cidadãos, como a falta de asfalto das ruas, a infraestrutura dos bairros e das cidades. Este ano, contudo, os temas locais têm disputado espaço com a repercussão das investigações da Operação Lava Jato, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a cassação do deputado Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A corrupção está tão disseminada em nosso cotidiano que virou uma instituição cultural. É como a propina para se fazer “vistas grossas” e “facilitar o andamento do caso”. Nossa sociedade aprendeu a conviver com essa anomalia, não sem a tensão e a revolta dos mais esclarecidos, que sabem perfeitamente que todo atraso, carestia e desordem econômica a tem como causa primária. Dizer que a corrupção é uma cultura entre nós pode chocar algumas pessoas, cuja primeira opinião é a de se tratar de desvio de caráter. Naturalmente, o caráter é uma variável nessa questão, pois a cobiça do ganho fácil é algo humano e aqueles que têm uma educação mais frouxa não hesitarão em prevaricar se as condições lhes forem favoráveis.

No Brasil, há uma dissonância cognitiva que leva à confusão entre autoridade e autoritarismo, um vício nacional herdado do escravagismo e do coronelismo de aldeia, com práticas que redundam um comportamento antissocial e, por vezes, criminoso, de detentores de poderes econômicos e de posses.

Não basta a educação se também não se forma, em nossas escolas, consciências éticas e verdadeiramente republicanas. Algo precisa ser feito.

Em três municípios do Grande Rio, Magé, Guapimirim e Teresópolis, três prefeitos parecem agir de forma coordenada para lesar os cofres das cidades e o ‘modus operandi‘ (modo pelo qual um indivíduo ou uma organização desenvolve suas atividades ou opera), são muito parecidos.

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Por unanimidade, a Câmara de Magé aprovou, a cassação do prefeito Nestor Vidal (PMDB). O afastamento já foi aprovado por 12 votos a 0 já no relatório da primeira Comissão Processante (CP), que investigou irregularidades no convênio que a prefeitura mantém com a Clínica da Cidade, da qual o prefeito foi sócio antes de assumir o mandato. Em outro processo foram apurados ainda outras irregularidades e fantasmas na folha de pagamento do município.

Marco Aurélio Dias (PSDC) é afastado da prefeitura.  O juiz Rubens Soares Sá Viana Junior decretou o afastamento do prefeito de Guapimirim, Marcos Aurélio Dias (PSDC), por seis meses, pela acusação de crime de improbidade administrativa. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de janeiro, a decisão do juiz da 2ª Vara da Comarca de Guapimirim é em caráter liminar, e foi tomada em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público estadual.

Arlei Rosa, ex-prefeito de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, foi cassado após julgamento da Comissão Processante (CP). A CP foi instaurada no dia 18 de agosto e investigou acusações de irregularidades e má administração dos recursos do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Teresópolis (Tereprev). Esta é a terceira vez que o prefeito deixa o cargo. A primeira foi no dia da instauração da CP, e a segunda, quando a Justiça pediu o afastamento.

Ou acabamos com a corrupção ou a corrupção vai acabar com o Brasil! 

001Antonio Alexandre, Magé|Online.com 

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