A voz que embalou gerações agora enfrenta o desafio do esquecimento com o mesmo amor à vida.

Aos 82 anos, Milton Nascimento foi oficialmente diagnosticado com demência por corpos de Lewy (DCL) uma forma neurodegenerativa de demência conforme informado em 2 de outubro de 2025 pela família do artista à revista Piauí.
Segundo relatos, o filho e empresário do cantor, Augusto Nascimento, percebeu mudanças no comportamento do pai durante uma viagem pelos Estados Unidos, o que levou à realização de exames que apontaram deterioração cognitiva.
O diagnóstico e o contexto –
- Milton já havia sido diagnosticado com doença de Parkinson em 2022 e, desde então, vinha apresentando sintomas motores que o afastaram dos palcos.
- Os familiares afirmam que o diagnóstico de demência foi confirmado após uma bateria de exames realizados em abril de 2025.
- A família informou que não haverá novos comunicados à imprensa sobre o caso.
O que é a demência por corpos de Lewy (DCL)
A DCL é uma das formas mais comuns de demência, ficando atrás apenas do Alzheimer.
Características principais incluem:
- Flutuações no estado cognitivo, com períodos de lucidez alternando com confusão;
- Alucinações visuais vívidas;
- Sintomas motores semelhantes aos do Parkinson, como rigidez, lentidão e distúrbios de postura;
- Alterações na atenção, memória e raciocínio;
Não existe cura conhecida para a DCL até o momento. Os tratamentos disponíveis são focados no controle dos sintomas, e costumam englobar medicações, terapias de suporte e cuidados multidisciplinares (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, acompanhamento neuropsicológico etc.).
Desafios e repercussão
- A demência por corpos de Lewy pode progredir em um período de 5 a 10 anos, piorando a autonomia do paciente caso não haja acompanhamento adequado.
- O diagnóstico precoce ajuda a planejar adaptações no dia a dia, minimizar riscos (quedas, complicações) e promover qualidade de vida enquanto possível.
- No caso de Milton Nascimento, o acréscimo da demência a um quadro já existente de Parkinson torna o manejo clínico mais complexo, exigindo atenção especial para interações medicamentosa e efeitos colaterais.

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