Com a sorte ao seu lado, o rubro-negro tropeça no primeiro tempo, mas conta com pênalti perdido e tropeços dos rivais para sair no lucro.
No futebol, às vezes, não basta jogar bem: é preciso ter estrela. E estrela é justamente o que sobra para o Flamengo em 2025. Em Itaquera, o Rubro-Negro não fez um primeiro tempo digno de líder, viu o Corinthians desperdiçar um pênalti com uma cavadinha de pelada de fim de semana e, como quem não quer nada, virou o jogo por 2 a 1.
Enquanto o Timão chorava a chance perdida de abrir vantagem, o “Mais Querido” agradeceu o presente e reagiu na segunda etapa. Com gols oportunos e a conhecida força mental, o Fla arrancou três pontos fora de casa e ainda viu a rodada conspirar em seu favor.
No Allianz, o Palmeiras tropeçou diante do Bahia, perdendo por 1 a 0. Já o Cruzeiro, embalado nas últimas rodadas, foi freado pelo Vasco, que fez 2 a 0 em São Januário. O resultado? A combinação perfeita para o Flamengo, que volta ao topo da tabela, com direito ao grito irônico da torcida: “Oi dalê Mengo!”
Ironias à parte, o roteiro rubro-negro parece escrito sob medida. Mesmo quando joga mal, dá tudo certo dentro e fora das quatro linhas. Líder no Brasileirão e firme na Libertadores, o Flamengo segue seu caminho em busca de mais títulos, deixando rivais com a ingrata sensação de que, contra o destino, pouco há a se fazer.
PRIMEIRO TEMPO: sufoco, nervos e chance desperdiçada
O Flamengo mal pisou em campo no primeiro tempo. O Corinthians ditou o ritmo, levou perigo e até converteu um pênalti — que, para delírio rubro-negro, foi perdido numa cavadinha que beirou o ridículo. O camisa 9 corintiano foi desastrado no momento decisivo.
Nas estatísticas gerais da partida, o cenário confirma o domínio alvinegro na etapa inicial:
Posse de bola: Corinthians 51 % x 49 % Flamengo
Finalizações: 16 x 13
No alvo: 6 x 2
Passes completos: 343 x 379, com vantagem numérica para o Flamengo (apesar do domínio corintiano)
Desarmes: 16 do Corinthians, 10 do Flamengo
Dribles: 7 × 2
Faltas: 16 cometidas pelos mandantes, 21 pelos visitantes
Mesmo sob pressão, o Fla resistiu — e se segurou até o intervalo com o placar zerado.
SEGUNDO TEMPO: sorte, mudanças e virada rubro-negra
Logo no começo da etapa final, o Corinthians conseguiu abrir o placar — mas isso só serviu para acelerar a escalada da virada flamenguista. Logo após, o Flamengo ajustou o time, meteu as alterações corretas e começou a infiltrar, a aparecer.
Num contra-ataque perfeito, Yuri Alberto (o mesmo que havia desperdiçado o pênalti) driblou Léo Ortiz e bateu firme à saída de Rossi: gol da redenção.
Depois, Carrascal armou a jogada no meio-campo, deixou Luiz Araújo na cara do gol, e o atacante rolou rasteiro no canto – fechando o placar em 2 a 1.
Com a virada consumada, o Flamengo passeou na vantagem e soube segurar a pressão final.
DESTAQUES INDIVIDUAIS
Yuri Alberto: pé frio no pênalti, mas herói ao buscar redenção com o gol da virada.
Carrascal / Luiz Araújo: combinação eficiente, velocidade e inteligência para armar a jogada do segundo gol.
Time coletivo: mesmo com desempenho abaixo do ideal no primeiro tempo, reagiu do jeito rubro-negro: na raça, divisão de bola e aguardo da brecha.