Segundo a direção da unidade de saúde, o paciente deu entrada em parada cardiorrespiratória.

Um homem foi preso em flagrante nesta quinta-feira (12), por policiais civis da 41ª DP (Tanque) pela morte de uma criança de 3 anos, no Tanque, na Zona Oeste do Rio. Horas depois, a mãe do menino também foi autuada em flagrante. Daniel Alves Brasil e Larissa Silva Aguiar foram presos por tortura com resultado morte, sem direito à fiança, depois que o menino foi levado com diversas lesões pelo corpo para o Centro Municipal de Saúde Jorge Bandeira de Mello, que fica na Avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a criança já deu entrada em parada cardiorrespiratória e, mesmo com a tentativa de socorro, não resistiu. Os médicos tentaram reanimá-lo durante 30 minutos. Há ainda a suspeita de abuso sexual.
Foi o padrasto quem levou o menino para a unidade de saúde. Os médicos suspeitaram de maus-tratos depois que o homem relatou que o menino se afogou ao tomar banho de balde. Um exame de corpo delito será feito para atestar a causa da morte.
De acordo com o delegado Ricardo Barboza, uma vizinha viu o garoto desacordado e começou a gritar para o padrasto: “a culpa foi sua”. A mulher levou a criança junto com o homem para a unidade hospitalar e, por conta da proximidade, a Polícia Civil logo foi acionada. O homem teria tentado fugir do posto médico enquanto a polícia não chegava.
Testemunhas contaram para a polícia que o padrasto costumava ficar sozinho com o menino, e que a mãe sabia das agressões. Mais de 10 depoimentos foram colhidos pela polícia. Para o delegado, a criança, que tinha marcas de agressões no rosto, braço e tórax, sofria ainda violência psicológica.
A Polícia Civil informou que o padrasto foi preso em flagrante por homicídio e que a ocorrência foi registrada na 41ª DP (Tanque). Diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias dos fatos. Depois que o homem foi levado para a delegacia, moradores revoltados com o crime foram para a porta do local protestar. Para preservar a integridade física do suspeito, ele foi transferido para a 32ª DP (Taquara).
“A sociedade falhou com essa criança, todos nós falhamos com essa criança porque ela precisava de um socorro e não teve. A tragédia emocionou muito os policiais, os médicos também. Todos temos familiares. Os médicos lamentaram que não conseguiram salvá-lo. Todos nós imaginamos o quanto essa criança sofreu”, disse o delegado.

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