MORAES NEGA PROGRESSÃO DE REGIME PARA DANIEL SILVEIRA E MULTA ADVOGADO

Moraes multou o advogado de Silveira por pedidos repetidos à Corte.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de progressão de pena do ex-deputado federal Daniel Silveira, condenado, em abril de 2022, a oito anos e nove meses de prisão por ataques ao Estado Democrático de Direito. Além de negar a mudança do regime fechado para o semiaberto, Moraes multou o advogado de Silveira por pedidos repetidos à Corte.

O representante do ex-parlamentar, Paulo Faria, disse em nota que a multa foi aplicada “sob falsas acusações de má-fé” e que exige “o mínimo de respeito ao seu trabalho técnico, pois está no exercício pleno de suas funções constitucionais”.

Em petição à Corte, Faria alegou que 16% da pena já foi cumprida, baseando-se na carga horária que o sentenciado dedicou aos estudos e trabalho. Moraes, no entanto, indeferiu o pedido e apenas homologou a remição da carga horária, que equivale a 140 dias, da pena de Silveira.

O ministro baseou a decisão no inciso III do artigo 112 da Lei de Execuções Penais, que estabelece que a transferência para regime menos rigoroso ocorrerá quando o preso tiver cumprido 25% da pena. Considerando a repetição dos pedidos da defesa, Moraes determinou multa fixa no valor de R$ 2 mil ao advogado do ex-parlamentar.

O magistrado justificou a decisão “em razão da litigância de ma-fé” da defesa e alegou que a multa é admitida “pacificamente” pela jurisprudência da Corte.

No X (antigo Twitter), Faria disse que o ministro age de forma ilegal, praticando “artimanhas” e crimes. “Acha mesmo que me multando vai me calar e/ou me coagir a parar de lutar pelo respeito às leis e aplicação do Direito?”, questionou o advogado.

Na nota divulgada à imprensa, o representante de Silveira criticou o ministro e disse que a decisão foi “vazada” antes de ser “lançada no sistema do STF”. Faria ainda disse que Moraes propagou fake news e que a alteração do porcentual de pena cumprida para progressão de regime, de 16% para 25%, foi feita “sem quaisquer bases legais, senão, persecutórias e vingativas”.

Se defendendo do parecer do ministro, disse que a defesa “não agiu de má-fé, e, sim, o próprio ministro, que abusa de sua autoridade, poder e comete inúmeros crimes previstos em lei, inclusive a tortura”.

Em março deste ano, o advogado pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigação e prisão imediata de Moraes por suposta prática de tortura. Na denúncia, Faria acusa o magistrado de abuso de poder, prevaricação e tortura ao manter o ex-deputado preso em regime fechado “200 dias além do prazo legal para progressão de regime”. Na ocasião, Moraes o gabinete de Moraes respondeu que “o condenado não preencheu os requisitos legais para progressão de regime” e que o pedido foi indeferido “com parecer nesse sentido pela PGR”.

Além disso, verifique

GOVERNADOR DEFENDE PENA MAIS RIGOROSA PARA POLICIAIS

Declaração foi dada durante cerimônia de entrega de 214 novas viaturas semiblindadas à Polícia Militar. …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *