Enquanto o plenário discute a denúncia contra o presidente Michel Temer, os deputados da oposição protestam no Salão Verde.
Com vitória praticamente certa, presidente Temer deve usar resultado para medir tamanho da base.
A votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), marcada para esta quarta-feira (25) não deve trazer surpresas — o resultado favorável ao peemedebista já era dado como certo tanto pela base governista quanto pela oposição. Até a véspera, o principal assunto na Câmara dos Deputados já era “o dia seguinte”.
A questão central para os parlamentares é qual será o tamanho da vitória.
Para dar prosseguimento à denúncia, a oposição precisa de pelo menos 342 votos. A base trabalha com a estimativa de que a denúncia será rejeitada por 260 a 270 deputados.

Entenda a denúncia
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Temer por obstrução de justiça e organização criminosa e também outros seis políticos do PMDB, entre eles Moreira Franco e Eliseu Padilha, mas esses apenas pelo segundo crime.
A acusação por organização criminosa sustenta que os sete integrantes do PMDB montaram um esquema de propina em órgãos públicos, como Petrobras, Furnas e Caixa Econômica. Temer é apontado na denúncia como líder da organização criminosa desde maio de 2016.

Temer, Moreira e Padilha têm negado a prática de qualquer irregularidade.
Para a Procuradoria, o presidente também cometeu o crime de obstrução de justiça ao dar aval para que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, comprasse o silêncio do corretor de valores Lucio Funaro, apontado como operador do PMDB.
Em sua delação premiada, Funaro afirmou ter recebido dinheiro de Joesley para que não fechasse um acordo de colaboração. Segundo a Procuradoria, o silêncio do operador beneficiaria o grupo do PMDB próximo a Temer. O presidente que tenha dado aval ao executivo da JBS para os pagamentos.
A primeira denúncia contra Temer foi rejeitada pela Câmara em agosto, por 263 votos a 227.

Aceitar denúncia é criminalizar a política, diz advogado de Temer.
O advogado Eduardo Carnelós, que defende o presidente Michel Temer, afirmou na tribuna da Câmara nesta quarta-feira que aceitar a denúncia contra seu cliente seria “criminalizar a política”. Com um discurso recheado de ataques ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot, ele sustentou não haver provas de crimes praticados pelo presidente.
Enquanto oposição protesta contra Temer e advogados de ministros denunciados discursam no plenário, alguns deputados veem jogo de futebol.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou a retirada do painel armado pela oposição com um placar dos votos previstos em relação à segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O painel está instalado numa área entre o corredor que conduz ao Salão Verde e o acesso às comissões da Câmara.
Magé/Online.com
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