Sites do Ministério das Relações Exteriores e várias outras agências governamentais foram hackeadas.
Eles receberam um texto, em tom de ameaça, alertando para que os ucranianos tenham medo e esperem pelo pior. Os criminosos afirmaram ainda que as informações pessoais dos ucranianos foram hackeadas.
“Ucraniano! Todos os seus dados pessoais foram enviados para a rede pública. Todos os dados no computador foram destruídos, é impossível restaurá-los”, dizia a mensagem, publicada em ucraniano, russo e polonês.
“Todas as informações sobre você se tornaram públicas, tenham medo e espere o pior. Isso é para você, para o seu passado, presente e futuro”, afirma trecho da mensagem.
Uma declaração do Ministério da Cultura e Política de Informação da Ucrânia sugeriu que o texto mencionava grupos e regiões ucranianas como uma maneira de ocultar a origem russa dos hackers.
“Como resultado de um ataque cibernético maciço, os sites do Ministério das Relações Exteriores e várias outras agências governamentais estão temporariamente fora do ar”, disse Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em sua conta oficial no Twitter.
“Nossos especialistas já começaram a restaurar o funcionamento dos sistemas de TI e a polícia cibernética abriu uma investigação”, acrescentou.
Nikolenko disse que é muito cedo para tirar conclusões sobre quem está por trás do ataque, mas disse que há um longo registro de ataques cibernéticos russos contra a Ucrânia no passado.
O ataque fez com que a sexta-feira fosse movimentada para diplomacia ucraniana. O problema chegou a envolver até a Otan, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e conversas bilatera entre Rússia e Estados Unidos.
“De acordo com uma investigação do Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação, os primeiros dados sugerem que o ataque foi realizado pela Federação Russa”, afirmou o Ministério da Informação da Ucrânia em comunicado.
“Esta não é a primeira vez ou mesmo a segunda vez que os recursos da Internet ucraniana são atacados desde o início da agressão militar russa”, completou.
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