Sombra teria tentado matar Anderson porque a vítima havia presenciado outro homicídio cometido por ele.
O homem apontado pela Polícia Civil como um dos suspeitos da morte do cabo Antônio Carlos de Moura, no último sábado, foi condenado, em março do ano passado, a cinco anos de prisão por tentar matar um homem em Iguaba Grande, na Região do Lagos. De acordo com dados do processo, Luís Fernando Souza da Silva, conhecido como Sombra ou Vela, atirou contra Anderson da Cunha Carvalho, em março de 2015, com intenção de matá-lo. A vítima, no entanto, foi atingida na perna esquerda e sobreviveu. Sombra está foragido desde o último domingo, quando teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Paula de Azevedo Esteves Souza, também suspeita do crime, foi preso nessa segunda-feira
Ainda segundo informações do processo, Sombra teria tentado matar Anderson porque a vítima havia presenciado outro homicídio cometido por ele durante o carnaval de 2015. Testemunhas do processo afirmaram que Sombra tem envolvimento com o tráfico de drogas no Condomínio II, em Araruama, onde o cabo Moura foi capturado para ser morto em seguida.
Sombra foi condenado a cumprir a pena em regime semiaberto, mas já havia progredido para o aberto e estava em prisão domiciliar monitorado por tornozeleira eletrônica. No início do mês passado, a juíza Juliana Benevides de Barro Araújo, da Vara de Execuções Penais do Rio, deu um despacho no processo do acusado no qual notificava que o mesmo estava foragido. A magistrada deu 48h para que ele se justificasse, sob pena de ter o benefício revogado. Não há nenhum movimento posterior no processo.

De acordo com investigação da 118ª DP (Araruama), o cabo Antônio Carlos de Moura esteve no Condomínio II para ajudar um amigo a retirar pertences de seu tio falecido, que era casado com Paula. Na resiência do casal, teria havido um desentendimento por causa da retirada de uma cama. Paula foi até uma boca de fumo relatar os fatos aos traficantes, entre eles Somba. Os criminosos foram até a casa, sequestrado Antônio Carlos e o matado em seguida.
A polícia ainda investiga como se deu a captura do PM pelos criminosos. A delegacia apura se Paula foi a mandante da morte do policial ou se ele foi reconhecido pelos bandidos. O corpo do PM foi encontrado dentro do porta-malas de seu próprio veículo, numa fazenda na Estrada da Pedreira, em Iguaba Grande, também na Região dos Lagos. Moura tinha 33 anos e trabalhava há oito na corporação. Ele era casado, e deixa a esposa grávida.
Fonte: Jornal Extra
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