Capital de MG está tendo o 3º janeiro mais chuvoso em 109 anos.
O INMET – Instituto Nacional de Meteorologia registrou 171,8 mm de chuva entre 9h de 23 de janeiro e 9h de janeiro de 2020. Este foi o maior volume de chuva neste período de 24 horas já registrado em 110 anos sobre Belo Horizonte, desde o início das medições meteorológicas na estação meteorológica localizada no bairro de Santo Agostinho, que teve começaram em março de 1910.

3º janeiro mais chuvoso em 109 anos
Em em 24 dias, até 9 horas do dia 24 de janeiro, a estação meteorológica em Santo Agostinho acumulou inacreditáveis 666,8 mm.
Segundo dados do INMET, este volume de chuva já é o terceiro maior para um janeiro já registrados em Belo Horizonte em 109 anos, desde 1911.
Ainda tem previsão de mais chuva até o fim de janeiro

As chuvas em Minas Gerais já deixaram ao menos 14 mortos no estado. Em Belo Horizonte e Região Metropolitana da capital, 11 pessoas não resistiram após o temporal desta sexta-feira. A Defesa Civil ainda confirmou outras três mortes: uma em Matipó, uma em Manhuaçu e outra em Pedra Bonita, na Zona da Mata. Outras 16 pessoas estão desaparecidas após a chuva forte.
A forte chuva provocou a morte de um bebê, de uma criança de seis anos e de uma mulher, após um barranco desabar sobre uma casa em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas são mãe e filhos, que ainda não tiveram a identidade revelada.

A corporação informou que o corpo da mãe foi encontrado abraçado ao do bebê. Ao todo, três imóveis foram atingidos pelo deslizamento. Um cano da Companhia de Águas de Minas Gerais (Copasa) também se rompeu por causa das chuvas.
Em Betim, na Região Metropolitana de BH, um deslizamento de encosta provocou a morte de mais quatro pessoas, na madrugada deste sábado, no bairro Duque de Caxias. Duas casas foram atingidas. A Defesa Civil ainda informou que duas pessoas morreram soterradas sob escombros de uma casa no bairro Jardim Teresópolis.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou ainda a morte de outras duas pessoas em um soterramento na Vila Bernadete, na Região do Barreiro, na capital mineira. Uma em Matipó, uma em Manhuaçu e outra na cidade de Pedra Bonita, na Zona da Mata.

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais, 16 pessoas estão desaparecidas. Ao todo, 2.590 pessoas estão desalojadas e 911 estão desabrigadas.
Dias mais chuvoso da história
Em coletiva à imprensa na tarde de sexta-feira, o coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho, pelo menos 16 cidades foram fortemente atingidas pelas chuvas as que mais preocupam a defesa civil são Ibirité, Raposo e Sabrá.

Só em Bom Jesus do Itabapoana, onde houve o transbordamento do rio Itabapoana, já havia o registro de cerca de 300 desabrigados ou desalojados nesta sexta, segundo a Prefeitura. Na manhã deste sábado, o número de pessoas atingidas subiu para 500.
Passamos de uma situação de um risco hidrológico para geológico, o que significa que as atenções estão voltadas para as encostas e que aumenta o risco de deslizamentos, já que o solo está muito encharcado. Quem estiver em casa e notar um barulho diferente, uma trinca ou uma árvore que começa a ceder, deve sair de casa e chamar a defesa civil disse Godinho.

Ainda de acordo com o coordenador adjunto da Defesa Civil, as cheias no município de Rio Piracicaba levaram as autoridades a transferirem 44 mulheres presas para uma outra penitenciária em Ponte Nova.
No Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do estado, dois açudes se romperam na cidade de Aricanduva e parte da comunidade foi alagada.
Em Belo Horizonte, a chuva também provocou uma série de estragos. Árvores que caíram impedem o trânsito em algumas das principais avenidas da cidade. Pelo menos cinco córregos transbordaram. Também foram registrados uma série de deslizamento.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que Belo Horizonte teve o dia mais chuvoso da história da cidade desde o início da medição climatológica há 110 anos. A capital mineira completou 121 anos em dezembro de 2019.
Fonte: Climatempo
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