Há policiais militares na entrada da Câmara, que está isolada.
Professores da rede municipal de Duque de Caxias relatam agressão sofrida na noite desta quinta-feira, quando ocuparam a Câmara de Vereadores. Cerca de quarenta docentes permanecem dentro da Casa. Eles protestam contra o projeto de lei que pretende alterar os vencimentos dos servidores municipais. Entre as medidas, estão a redução da gratificação por difícil acesso e do percentual de reajuste salarial. Há ainda outro projeto que prevê o aumento do desconto mensal da contribuição previdenciária de 11% para 14%.
O tumulto começou por volta das 17h, quando profissionais da Educação ocuparam a Câmara para impedir que o projeto fosse votado. A sessão foi suspensa, mas eles continuaram na Casa.
— O prefeito disse que só pode nos receber segunda-feira. Nosso receio é de que eles votem hoje ou no final de semana. Por isso, dormimos aqui. Não vamos sair enquanto isso não for acertado. A gente quer diálogo para discutir o projeto, que foi feito sem ele discutir com a categoria — disse a professora Thays Rosalin, uma das diretoras do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) de Caxias.
Um professor alega ter sido agredido por um segurança. Ele contou que feriu o joelho.
— Estava dentro do plenário e ele tentou me estrangular. Duas servidoras conseguiram afastá-lo de mim, mas ele me derrubou no chão. Estou com o joelho inchado — relatou Marcos Luís Oliveira da Costa, também diretor do Sepe.
Num vídeo enviado por servidores, aparecem dois professores sendo levados para fora do plenário. Segundo servidores, eles seriam seguranças de parlamentares.
Os manifestantes contam que só conseguiram comer por volta de 1h da madrugada desta sexta-feira, porque antes não estavam permitindo a entrada de alimentos. Os ocupantes disseram que foram proibidos de usar os banheiros e estão usando as lixeiras do espaço.
A assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores negou as informações e disse que os ocupantes têm acesso ao banheiro e ao bebedouro. Informou ainda que “os manifestantes tiveram ação truculenta, inclusive depredando o patrimônio”.
Do lado de fora, também há servidores protestando contra o projeto. Há policiais militares na entrada da Câmara, que está isolada.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Duque de Caxias, mas ainda não teve resposta.
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