O caso está sendo investigado Polícia Civil.
Um policial militar do Piauí está sendo investigado pela morte de um homem, identificado como Rodrigo Magalhães de Brito. Ele teria sido ameaçado durante uma conversa em grupo de WhatsApp do qual os dois faziam parte. No dia seguinte a troca de mensagens, a vítima foi abordada pelo policial no município de Piracuruca, no Norte do estado. O caso está sendo investigado Polícia Civil.
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Segundo a polícia, no domingo, Rodrigo foi filmado ostentando uma arma dentro de um carro em uma área conhecida como Complexo Turístico Prainha, durante uma comemoração da vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais. As imagens tiveram grande repercussão na cidade e Rodrigo teria sido muito criticado pela atitude no grupo em que o policial suspeito de matá-lo também fazia parte. A conversa terminou em ameaças por parte de Rodrigo a outros membros do grupo.

Segundo o delegado Hugo Alcântara, titular da delegacia de Piracuruca, durante depoimento, o PM informou que estava de folga na segunda-feira e que seguia a caminho da companhia policial para registrar as ameaças que havia sofrido quando identificou que Rodrigo passava pelo local e decidiu abordá-lo.
O policial relatou que emparelhou seu próprio carro ao lado do carro da vítima, se identificou como policial e pediu que ele parasse o veículo e largasse a arma. Neste momento, a vítima o ameaçou com uma espingarda calibre 12 e desceu do carro. A vítima constantemente dava o sinal de que atiraria contra o policial, que terminou por efetuar os disparos antes, levando o homem a óbito.
O delegado também teve acesso às mais de 200 mensagens trocadas no grupo, e identificou áudios com ameaças em que Rodrigo citava o nome completo do cabo da PM. Desde segunda, parentes da vítima e outra duas testemunhas já foram ouvidas sobre o caso e pelo menos outras duas serão ouvidas até o fim da noite desta terça-feira.
Policiais encontraram no carro da vítima não apenas a espingarda e quatro cartuchos de munição, mas a pistola que aparecia no vídeo da noite anterior. O objeto, na realidade, não era uma arma de fogo, mas sim uma airsoft sem a ponteira laranja que costuma identificá-la.
A investigação ainda está em curso, mas tudo indica que o policial agiu em legítima defesa neste caso. A perícia identificou que há sinais de marcas de impacto na munição que estava no carregamento da arma, o que revela que provavelmente o gatilho foi acionado. Além disso, o perito me mostrou que o cano da arma estava danificado, o que provavelmente impediu que o disparo fosse feito. A apresentação voluntária do policial também foi favorável a ele.
A vítima foi atingida por dois disparos e morreu no local. A corregedoria da Polícia Militar informou que também tomará as medidas cabíveis para apurar a conduta do policial. A possibilidade de motivação política do crime foi descartada pela polícia.
Fonte: Jornal Extra
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